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terça-feira, 25 de novembro de 2008

terça-feira, 18 de novembro de 2008

A História da fotografia



A luz, por onde tudo começou


Para que possamos compreender o fenômeno da fotografia, é necessário conhecer algumas propriedades físicas da luz. A luz é uma forma de energia eletromagnética radiante, à qual nossos olhos são sensíveis. A maneira como a vemos e como a fotografamos é diretamente afetada por duas importantes características da luz: ela viaja em linha reta e a uma velocidade constante. A luz pode ser refletida, absorvida e transmitida.

A luz, por onde tudo começou Quando a luz é refletida por um objeto, se propaga em todas as direções.

O orifício de uma câmara escura, quando diante desse objeto, deixará passar para o interior alguns desses raios que irão se projetar na parede branca. E como cada ponto iluminado do objeto reflete assim os raios de luz, temos então uma projeção da sua imagem, só que de forma invertida e de cabeça para baixo.

Como cada ponto do objeto corresponde a um disco luminoso, a imagem formada possui pouca nitidez e, a partir do momento em que se substitui à parede branca pelo pergaminho de desenho, esta falta de definição passou a ser um grande problema para os artistas que pretendiam usar a câmara escura na pintura.
A câmera escura, o princípio da fotografia

A câmera escura, o princípio da fotografia A fotografia não tem um único inventor. Ela é uma síntese de várias observações e inventos em momentos distintos. A primeira descoberta importante para a photographia foi a "câmara obscura". O conhecimento de seus princípios óticos se atribui a Aristóteles, anos antes de Cristo, e seu uso para observação de eclipses e ajuda ao desenho, a Giovanni Baptista Della Porta.

Sentado sob uma árvore, Aristóteles observou a imagem do sol, durante um eclipse parcial, projetando-se no solo em forma de meia lua quando seus raios passarem por um pequeno orifício entre as folhas. Observou também que quanto menor fosse o orifício, mais nítida era a imagem.

Séculos de ignorância e superstições ocuparam a Europa, sendo os conhecimentos gregos resguardados no oriente. Um erudito árabe, Alhazem, descreveu a câmara escura em princípios do século XI.

A câmera escura, o princípio da fotografia No século XIV já se aconselhava o uso da câmara escura como auxílio ao desenho e à pintura. Leonardo da Vinci fez uma descrição da câmara escura em seu livro de notas, mas não foi publicado até 1797. Giovanni Baptista Della Porta, cientista napolitano, publicou em 1558 uma descrição detalhada da câmara e de seus usos. Esta câmara era um quarto estanque à luz, possuía um orifício de um lado e a parede à sua frente pintada de branco. Quando um objeto era posto diante do orifício, do lado de fora do compartimento, sua imagem era projetada invertida sobre a parede branca.

Alguns, na tentativa de melhorar a qualidade da imagem projetada, diminuíam o tamanho do orifício, mas a imagem escurecia proporcionalmente, tornando-se quase impossível ao artista identificá-la.

Este problema foi resolvido em 1550 pelo físico milanês Girolamo Cardano, que sugeriu o uso de uma lente biconvexa junto ao orifício, permitindo desse modo aumentá-lo, para se obter uma imagem clara sem perder a nitidez.
A câmera escura, o princípio da fotografia
Isto foi possível graças à capacidade de refração do vidro, que tornava convergentes os raios luminosos refletidos pelo objeto. Assim, a lente fazia com que a cada ponto luminoso do objeto correspondesse um pequeno ponto de imagem, formando-se assim, ponto por ponto da luz refletida do objeto, uma imagem puntiforme.

Desse modo, o uso da câmara escura se difundiu entre os artistas e intelectuais da época, que logo perceberam a impossibilidade de se obter nitidamente a imagem, quando os objetos captados pelo visor estivessem a diferentes distâncias da lente. Ou se focalizava o objeto mais próximo, variando a distância da lente / visor (foco), deixando todo o mais distante desfocado, ou vice-versa. Danielo Brabaro, em 1568, no seu livro "A prática da perspectiva" mencionava que variando o diâmetro do orifício, era possível melhorar a nitidez da imagem. Assim, outro aprimoramento na câmara escura apareceu: foi instalado um sistema, junto com a lente, que permitia aumentar e diminuir o orifício. Este foi o primeiro "diaphragma".

A câmera escura, o princípio da fotografia Quanto mais fechado o orifício, maior era a possibilidade de focalizar dois objetos a distâncias diferentes da lente.

Nesta altura, já tínhamos condições de formar uma imagem satisfatoriamente controlável na câmara escura, mas gravar essa imagem diretamente sobre o papel sem intermédio do artista era a nova meta, só alcançada mais tarde com o desenvolvimento da química.
A química, em auxílio à fotografia

Em 1604, o cientista italiano Angelo Sala, observou que certo composto de prata se escurecia quando exposto ao sol. Acreditava-se que o calor era o responsável.

Em 1727, o professor de anatomia Johann Schulze, da universidade alemã de Altdorf, notou que um vidro que continha ácido nítrico, prata e gesso se escurecia quando exposto à luz proveniente de uma janela. Por eliminação, ele demonstrou que os cristais de prata halógena, ao receberem luz, e não o calor como se supunha, se transformavam em prata metálica negra. Como suas observações foram acidentais e não tinham utilidade prática na época, Schulze cedeu suas descobertas à Academia Imperial de Nuremberg.

Em 1802, Sir Humphrey Davy publicou uma descrição do êxito de Thomas Wedgewood na impressão de silhuetas de folhas e vegetais sobre couro. Thomas, o filho mais moço de Josiah Wedgewood, o famosos ceramista inglês, estando familiarizado com o processo de Schulze, obteve essas imagens mediante a ação da luz sobre o couro branco impregnado de nitrato de prata. Mas Wedgewood não conseguiu "fixar" essas imagens, isto é, eliminar o nitrato de prata que não havia sido exposto e transformado em prata metálica, pois apesar de bem lavadas e envernizadas, elas se escureciam quando expostas à luz.

A câmara escura também era do conhecimento da família de Wedgewood. Josiah a usava constantemente para desenhar casas de campo e copiar seus desenhos nas suas famosas porcelanas. No entanto, seu filho não chegou a obter imagens impressas com o auxílio da câmara escura devido à sua morte prematura, aos 34 anos.

Aos 40 anos, Nicéphore Niépce se retirou do exército francês para dedicar-se a inventos técnicos, graças à fortuna que sua família havia feito com a revolução. Nesta época, a litografia era muito popular na França e, como Niépce não tinha habilidade para o desenho, tentou obter através da câmara escura uma imagem permanente sobre o material litográfico de imprensa. Recobriu um papel com cloreto de prata e expôs durante várias horas na câmara escura, obtendo uma fraca imagem parcialmente fixada com ácido nítrico. Como essas imagens eram negativas e Niépce queria imagens positivas que pudessem ser utilizadas como placas de impressão, determinou-se a realizar novas tentativas.

Após alguns anos, Niépce recobriu uma placa de metal com betume branco da judéia, que tinha a propriedade de se endurecer quando atingido pela luz.

A química, em auxílio à fotografia Nas partes não afetadas, o betume era retirado com uma solução de essência de alfazema. Em 1826, expondo uma dessas placas durante aproximadamente 8 horas na sua câmara escura, conseguiu uma imagem do quintal de sua casa.

Apesar dessa imagem não ter meios tons e não servir para litografia, todas as autoridades na matéria a consideram a primeira fotografia permanente do mundo. Esse processo foi batizado por Niépce de "HELIOGRAFIA", gravura com a luz solar.

Foi através dos irmãos Chevalier, famosos ópticos de Paris, que Niépce entrou em contato com outro entusiasta que procurava obter imagens impressionadas quimicamente: Louis Jacques Mandé Daguerre. Este, durante alguns anos, causara sensação em Paris com o seu "Diorama", um espetáculo composto por enormes painéis translúcidos pintados por intermédio da câmara escura, que produziam efeitos visuais (fusão, trimensionalidade) através de iluminação controlada no verso destes painéis.

Niépce e Daguerre durante algum tempo mantiveram correspondência sobre seus trabalhos. Em 1829 firmaram uma sociedade com o propósito de aperfeiçoar a Heliografia, compartilhando seus conhecimentos secretos.
Louis Jacques Mandé Daguerre

Louis Jacques
Mandé Daguerre
Daguerre, ao perceber as grandes limitações do betume da Judéia, decidiu prosseguir sozinho nas pesquisas com a prata halógena. Suas experiências consistiam em expor, na câmara escura, placas de cobre recobertas com prata polida e sensibilizadas sobre o vapor de iodo, formando uma capa de iodeto de prata sensível à luz.

Dois anos após a morte de Nièpce, Daguerre descobriu que uma imagem quase invisível, latente, podia revelar-se com o vapor de mercúrio, reduzindo-se assim de horas para minutos o tempo de exposição. Conta a história que uma noite Daguerre guardou uma placa sub-exposta dentro de um armário onde havia um termômetro de mercúrio que se quebrara. Ao amanhecer, abrindo o armário, Daguerre constatou que a placa havia adquirido uma imagem de densidade bastante satisfatória, tornara-se visível. Em todas as áreas atingidas pela luz o mercúrio criava um amálgama de grande brilho, formando as áreas claras da imagem. Após a revelação, agora controlada, Daguerre submetia a placa com a imagem a um banho fixador, para dissolver os halogenetos de prata não revelados, formando as áreas escuras da imagem. Inicialmente foi usado o sal de cozinha, o cloreto de sódio, como elemento fixador, sendo substituído posteriormente por Tiosulfato de sódio (hypo) que garantia maior durabilidade à imagem. Este processo foi batizado com o nome de Daguerreotipia.

Através do amigo Arago, que era então membro da câmara e deputados da França, Daguerre, em 1839, na Academia de Ciências e Belas Artes, descreveu minuciosamente seu processo ao mundo em troca de uma pensão estatal. Mas, dias antes, por intermédio de um agente, Daguerre requereu a patente de seu invento na Inglaterra.

Rapidamente, os grandes centros urbanos da época ficaram repletos de daguerreótipos, a ponto de vários pintores figurativos, como Dellaroche, exclamarem em desespero: "A pintura morreu". Como sabemos, foi nessa efervescência cultural que foi gerado o impressionismo.

Apesar do êxito da daguerreotipia, que se popularizou por mais de vinte anos, sua fragilidade, a dificuldade de se ver a cena devido à reflexão do fundo polido do cobre e a impossibilidade de se fazer várias cópias partindo-se do mesmo original, motivaram novas tentativas com a utilização da fotografia sobre o papel.

Hercules Florence - A descoberta isolada da fotografia no Brasil

O francês Hercules Florence, aplicou-se a uma série de invenções durante os 55 anos em que viveu no Brasil até sua morte, na Vila de São Carlos (Campinas).

Em 1830, diante da necessidade de uma oficina impressora, inventou seu próprio meio de impressão, a POLYGRAPHIE, como ele a chamou. Seguindo a meta de um sistema de reprodução, pesquisou a possibilidade de se reproduzir usando a luz do sol e descobriu um processo fotográfico que chamou de PHOTOGRAPHIE, em 1832, como descreveu em seus diários da época, anos antes de Daguerre. Em 1833, Florence fotografou através da câmara escura com uma chapa de vidro e usou um papel sensibilizado para a impressão por contato.

Enfim, totalmente isolado e sem conhecimento do que realizavam seus contemporâneos europeus Niépce, Daguerre e Talbot, obteve resultados fotográficos.

Fox - Talbot: um nobre aperfeiçoando a fotografia

Um TALBOTIPO - Os Jogadores de xadrez, por Talbot

Um TALBOTIPO - Os Jogadores de xadrez, por Talbot
Na Inglaterra, um descendente de família nobre, membro do parlamento britânico, escritor e cientista aficionado, WILLIAM HENRY FOX-TALBOT, usava a câmara escura para desenhos em suas viagens. Na intenção de fugir da patente do daguerreótipo em seu país e solucionar suas limitações técnicas, pesquisava uma forma de impressionar quimicamente o papel.

Talbot iniciou suas pesquisas fotográficas tentando obter cópias por contato de silhuetas de folhas, plumas, rendas e outros objetos.

O papel era mergulhado em nitrato e cloreto de prata e depois de seco fazia seu contato com os objetos, obtendo-se uma silhueta escura. Finalmente, o papel era fixado, de modo imperfeito, com amoníaco, ou com uma solução concentrada de sal. Às vezes, também era usado o idodeto de potássio.

No ano de 1835, Talbot construiu uma pequena câmara de madeira, com somente 6,30 cm2, que sua esposa chamava de "ratoeira". A câmara foi carregada com papel de cloreto de prata e, de acordo com a objetiva utilizada, era necessária de meia a uma hora de exposição. A imagem negativa era fixada em sal de cozinha e submetida a um contato com outro papel sensível. Desse modo, a cópia apresentava-se positiva, sem a inversão lateral. A mais conhecida nos mostra a janela da biblioteca da abadia de Locock Abbey, considerada a primeira fotografia obtida pelo processo negativo/positivo.

As imagens de Talbot eram bastante pobres, devido ao seu reduzido tamanho de 2,5 cm2, se comparadas com a Heliografia de Nièpce, de 20,3 x 60,5 cm, obtida nove anos antes. Sua lentidão, seu tamanho, e sua incapacidade de registrar detalhes não causavam interesse ao público, em comparação aos daguerreótipos.

Em 1839, quando chegaram à Inglaterra os rumores do invento de Daguerre, Talbot tinha aprimorado suas pesquisas e precipitadamente publicou seu trabalho e o apresentou à Royal Institution e à Royal Society. Sir Herchel logo concluiu que o Tiossulfato de sódio seria um fixador eficaz e sugeriu os termos: FOTOGRAFIA, NEGATIVO E POSITIVO.

Um ano depois, o material sensível foi substituído por iodeto de prata, sendo submetido, após a exposição, a uma revelação com ácido gálico. Mas para as cópias continuou a usar o papel de cloreto de prata. O processo, que inicialmente foi batizado de CALOTIPIA, ficou conhecido como TALBOTIPIA e foi patenteado na Inglaterra em 1841. Talbot comprou uma casa em Reading, contratou uma equipe para produzir cópias, fotografou várias paisagens turísticas e comercializava as cópias em quiosques e tendas artísticas em toda a Grã-Bratanha.

"THE PENCIL OF NATURE", o primeiro livro do mundo ilustrado com fotografias, foi publicado por Talbot em 1844. O livro foi editado em seis grandes volumes com um total de 24 talbotipos originais e continha a explicação detalhada de seus trabalhos, estabelecendo certos padrões de qualidade para a imagem.

Como o negativo da talbotipia não era constituído de um papel de boa qualidade como base de sensibilização, na passagem para o positivo se perdiam muitos detalhes devido à fibrosidade do papel. Muitos fotógrafos pensavam em melhorar a qualidade da cópia, utilizando como base o vidro.

Archer e suas placas úmidas

A dificuldade em usar o vidro como base do negativo era a de se encontrar algo que contivesse, numa massa uniforme, os sais de prata sensíveis à luz, para que não se dissolvessem durante a revelação.

Abel Niépce de Saint-Victor, primo de Nicéphore Niépce, descobriu em 1847 que a clara do ovo, ou a albumina, era uma solução adequada no caso de iodeto de prata. Uma placa de vidro era coberta com clara de ovo, sensibilizada com iodeto de potássio, submetida a uma solução ácida de nitrato de prata, revelada com ácido gálico e finalmente fixada no tiossulfato de sódio.

O método da albumina proporcionava uma grande precisão de detalhes mas requeria uma exposição de 15 minutos aproximadamente. Sua preparação era bastante complexa e as placas podiam ser guardadas durante 15 dias.

O ano de 1851 foi muito significativo para a fotografia. Na França, morreu Daguerre. Na Grã-Bretanha, como fruto da Revolução Industrial, foi organizada a "Grande Exposição", apresentando os últimos modelos produzidos.

Um invento que em pouco tempo chegou a suplantar todos os métodos existentes foi o processo do COLÓDIO ÚMIDO, de Frederick Scott Archer, publicado no "The Chemist" em seu número de março. Esse obscuro escultor londrino, com grande interesse pela fotografia, não estava satisfeito com a qualidade da imagem, deteriorada pela textura fibrosa dos papéis negativos, e sugeriu uma mistura de algodão de pólvora e éter, chamada colódio, como um meio de unir os sais de prata nas placas de vidro. O processo consistia em:
  1. Espalhar cuidadosamente o colódio com iodeto de potássio sobre o vidro, escorrendo até formar uma superfície uniforme.
  2. No quarto escuro, com luz alaranjada, a placa era submetida a um banho de nitrato de prata.
  3. A placa era exposta na câmara escura ainda úmida, porque a sensibilidade diminuía rapidamente à medida que o colódio secava. O tempo médio de exposição ao sol era de 30 segundos.
  4. Antes que o éter, que se evaporava rapidamente, secasse, tornando-se impermeável, revelava-se com ácido pirogálico ou com sulfato ferroso.
  5. A fixagem era feita com tiossulfato de sódio ou com cianeto de potássio (venenoso), e finalmente lavava-se bem o negativo.
O colódio, além de muito transparente, permitia uma concentração de sais de prata, fazendo com que as placas fossem 10 vezes mais sensíveis que as de albumina. Seu único inconveniente era a necessidade de sensibilizar, expor e revelar a chapa num curto espaço de tempo. Como Archer não teve interesse em patentear seu processo, morrendo na miséria e quase desconhecido, os fotógrafos ingleses podiam pela primeira vez praticar a fotografia.

Talbot, acreditando que sua patente cobria o processo colódio, levou ao tribunal um fotógrafo que utilizava a placa úmida em Oxford Street. O juiz pôs em dúvida o direito de Talbot de reclamar da invenção do colódio e os jurados decidiram que esta não infringia sua patente. Então a fotografia estava livre, pois além disso a patente de Daguerre havia expirado em 1853. A fotografia agora tinha condições de crescer em popularidade e a quantidade de aplicações do colódio cresceu durante 30 anos. O número de retratistas aumentou consideravelmente, pessoas de todas as classes sociais desejavam retratos e se estendeu o uso de uma adaptação barata do processo colódio chamada AMBROTIPO.

As variações do colódio: o ambrótipo e o ferrótipo

A variante Ambrotipia, elaborada por Archer com a coloração de Peter Wickens Fry, consistia em um positivo direto obtido com a chapa de colódio. Branqueava-se um negativo de colódio sub-exposto, escurecia-se o dorso com um tecido preto ou um verniz escuro, dando assim a impressão de um positivo. Quando um negativo é colocado sobre um fundo escuro com o lado da emulsão para cima, surge uma imagem positiva graças à grande reflexão de luz da prata metálica. Dessa maneira o negativo não podia mais ser copiado, mas representava uma economia de tempo e dinheiro, pois se eliminava as etapas de obtenção da cópia. O nome Ambrótipo foi sugerido por Marcos A. Root, um daguerrotipista da Filadélfia, sendo também usado este nome na Inglaterra. Na Europa era geralmente chamado Melainotipo. Os retratos pequenos, feitos através deste processo, foram muito difundidos nos anos cinqüenta até serem superados pela moda das fotografias tipo "carte-de-visite".

Outra variação do processo colódio, o chamado Ferrótipo, ou Tintipo, produzia uma fotografia acabada em menos tempo que o Ambrótipo. Há divergências entre autores quanto ao criador do processo; para uns, o Ferrótipo foi elaborado por Adolphe Alexandre Martin, um mestre francês, em 1853. Para outros, foi Hanníbal L. Smith, um professor de química da universidade de Kenyon, quem introduziu o processo. Este processo era constituído por um negativo de chapa úmida de colódio com um fundo escuro para a formação do positivo. Mas, ao invés de usar verniz ou um pano escuro, era utilizada uma folha de metal esmaltada de preto ou marrom escuro, como suporte do colódio. O baixo custo era devido aos materiais empregados e sua rapidez decorria das novas soluções de processamento químico.

O Ferrótipo desfrutou de grande popularidade entre os fotógrafos nos Estados Unidos a partir de 1860, quando começaram a aparecer os especialistas fazendo fotos de crianças em praças públicas, famílias em piqueniques e recém casados em porta de igrejas.

O inconveniente de todos os processos por colódio era a utilização obrigatória de placas ainda úmidas. Idealizou-se várias maneiras de conservar o colódio em estado pegajoso e sensível durante dias e semanas, de forma que toda manipulação química pudesse ser realizada no laboratório do fotógrafo em sua casa, mas logo apareceu um processo "seco" que substituiu rapidamente o colódio: a gelatina.

Maddox e sua emulsão de gelatina e brometo de prata

Maddox e sua emulsão de gelatina e brometo de prataEm setembro de 1871, um médico e microscopista Inglês, Richard Lear Maddox, publicou no British Journal of Photography suas experiências com uma emulsão de gelatina e brometo de prata como substituto para o colódio. O resultado era uma chapa 180 vezes mais lenta que o processo úmido, mas com o novo processo aperfeiçoado e acelerado por John Burgess, Richard Kennett e Charles Benett, a placa seca de gelatina estabelecia a era moderna do material fotográfico fabricado comercialmente, liberando o fotógrafo da necessidade de preparar as suas placas. Rapidamente várias firmas passaram a fabricar placas de gelatina seca em quantidades industriais.

Burgess comercializou a emulsão de brometo de prata e gelatina engarrafada, mas os resultados não foram satisfatórios devido à presença de sub-produtos tais como nitrato de potássio. Em 1873, Kennett vendia emulsões secas e placas preparadas com bastante sensibilidade à luz. Em 1878, Bennett publicou que conservando a emulsão a 32oC de quatro a sete dias, se produzia uma "maturação" que aumentava a sensibilidade.

Fabricantes britânicos como a Wratten & Wainwrigth e The Liverpool Dry Plate Co., em 1880, monopolizaram a fabricação de placas secas. Logo fábricas em todos os países passaram a imitá-los, até que em 1883 quase nenhum fotógrafo usava o material colódio.

Como apoiar a câmara
A má definição da maioria das fotos pode ser atribuída à "trepidação da câmara" -expressão usada pelos fotógrafos para designar a instabilidade de seus próprios corpos, pois quase sempre quem trepida não são eles.A conseqüência da trepidação da câmara talvez não seja perceptível nas cópias por contato, porém inutilizam as ampliações.Esse problema torna-se especialmente frustrante quando se investe uma grande quantia em uma objetiva de excelente qualidade, pois se incorre em uma perda inevitável da boa definição proporcionada por ela-a fotografia final pode até mesmo ser menos nítida em comparação com outra tirada com uma simples objetiva de menisco, porém por mãos mais firmes.
Quanto mais baixa a velocidade do obturador maior o perigo de trepidação da câmara, e, assim, deve-se considerar qualquer velocidade inferior a 1/250 como um risco potencial.Não obstante, é preferível aprender a evitar a trepidação da câmara, segurando-a da maneira correta, a ter que escolher sempre uma velocidade superior a essa, limitando assim a flexibilidade de uma máquina fotográfica, onde se encontra uma escala completa de velocidades.De qualquer modo, as altas velocidades de obturador não representam solução alguma para o problema, quando o manuseio da câmara é inadequado.
O comprimento da objetiva utilizada representa outro dos fatores críticos, entre aqueles capazes de interferir com a firmeza.As lentes longas não só são mais pesadas, em relação às objetivas normais, como também tendem a exagerar os estragos acarretados pelos menores movimentos.Isso acontece em virtude de seu ângulo de visão ser tão reduzido que uma alteração mínima na posição da câmara equivale a uma área considerável do total da fotografia: na verdade, cada movimento termina sendo ampliado.
Existem diversos acessórios idealizados para aumentar a estabilidade das câmaras portáteis, mas a melhor solução é o uso de um tripé, em todas as ocasiões possíveis.
As ilustrações destas páginas servem como exemplo da enorme variedade de tripés e empunhadeiras disponíveis, bem como suas utilizações práticas.
Algumas peças de equipamento são muito especializadas,e, portanto,seriam dispensáveis para os amadores;entretanto, um tripé comum,de uso geral,constitui um dispositivo imprescindível.
A maneira mais comum
de segurar a câmara
consiste em apoiar seu
peso sobre a mão
esquerda de modo que
ela possa girar os anéis
de abertura e de
focalização.
Quando não for possível
usar um tripé, e a
máquina estiver com
uma objetiva muito
longa,deve-se escolher
uma alta velocidade de
obturador.Neste caso,
é essencial apoiar
a câmara por baixo.


Embora esta posição seja
basicamente igual à
anterior, ela permite que
o fotógrafo mantenha os
cotovelos junto ao corpo,podendo
contar deste modo
com um apoio
mais seguro.

Para tirar fotos na
vertical é preciso mais
uma vez segurar a câmara
com a mão esquerda ficando a
direita livre para fazer
a exposição.Esse
procedimento reduz o
risco de trepidação.
Muitas vezes é possível
recorrer a um poste ou
parede,para aumentar
a estabilidade:nesse
caso,forma-se um tripé
com o corpo e a parede.
Obtêm-se os melhores
resultados mantendo-se
as costas retas.
Para as tomadas baixas,
é aconselhável assumir
a postura acima,pois
os joelhos servem de apoio
para os cotovelos.Uma
bolsa resistente, usada
para o transporte de
equipamento,pode fazer
as vezes de um assento.
A maioria dos visores
de capucho dispõe
de uma lente de
aumento destinada a
facilitar a focalização
A câmara deve ser
pressionada com
firmeza contra o
estômago ou tórax.
A estabilidade das
câmaras com visores
de capucho aumenta
quando a alça fica
completamente retesada
-um recurso muito útil,
pois neste caso
não se dispõe de apoio
para os cotovelos.
Com a máquina invertida,
o fotógrafo pode
focalizar a imagem por
cima das cabeças de
uma multidão;
o ponto de vista
elevado permite
salientar o efeito
dramático.
Apoiar a câmara sobre
um dos joelhos constitui
um método simples para
aumentar a estabilidade,
mostrando-se
especialmente útil
quando se fotografam
crianças através de um
visor de capucho.
Apoiando-se firmemente
o corpo da câmara
contra um poste,
pode-se tirar fotos com
velocidade de até 1/4
s ou 1/2 s, embora
ainda seja necessário
tomar muitos cuidados
para evitar a trepidação.
Para as tomadas muito
baixas, o fotógrafo
pode deitar-se no chão
onde deve apoiar os
dois cotovelos,
mantendo-os
suficientemente
afastados para obter
maior estabilidade.


Como apoiar a câmara
Acima : a empunhadeira
tipo pistola deixa uma
das mãos livre para
ajustar a máquina.
Muitas vezes encontra-se
um motor acoplado a
ela,destinado a
acioná-la.
Acima: a empunhadeira
desmontável proporciona
um sistema de apoio
seguro para a câmara e
pode também apoiar
um flash com bateria.
Acima: embora possa
ser montado com mais
rapidez do que um tripé,
o monopé é comparativamente
bem menos estável.
Acima: nos casos onde o
tripé atrapalhe ou se
mostre pouco prático, um
sargento talvez seja útil.
Acima: apresentamos uma
empunhadeira tipo
rifle.O uso desse
dispositivo diminui os
riscos de trepidação
da câmara-e pode ser
de fabricação caseira.
Acima: o tripé de mesa é útil para fotos em close-up e para tomadas baixas. Acima:embora seja
suficientemente
resistente para
algumas fotos de
estúdio, o tripé
pesado não deixa
de ser portátil.
Acima: o braço lateral
é um acessório
especificamente
projetado para os
trabalhos de reprodução
de outras fotos.A coluna
central pode ser invertida
e colocada na segunda
posição apresentada aqui.
Acima: o tripé de
peso médio representa
um sistema de apoio
ideal para múltiplos
fins, pois se caracteriza
principalmente pela
robustez.As pernas
encaixam-se umas dentro das
outras e a coluna central
pode ser ajustada;os pés podem
ter pontas intercambiáveis ou
protetores de borracha.

As pesadas máquinas
fotográficas de estúdio
exigem suporte resistentes.
O braço onde foi fixada a
câmara pode ser deslocado para
cima e para baixo, por meio de
ar comprimido, sendo possível
colocá-lo em inúmeras alturas
diferentes.


Acima: alguns tripés
pequenos são frágeis
demais;mesmo um tripé
leve pode (e deve)ser
bastante firme, ou a
câmara trepidará quando
o obturador for acionado.

Disparadores de cabo

Mesmo que se utilize um tripé,
é aconselhável usar um disparador
de cabo.
Para velocidades muito baixas
ele é imprescindível.O disparador
pneumático funciona melhor quando
o cabo excede 30cm.Para câmaras
com obturadores eletrônicos é
essencial em disparador especial.


Cabeças de tripés
O modelo com
movimento horizontal e
vertical(acima)
proporciona regulagens
exatas, pois a câmara
pode ser inclinada em
um plano, enquanto o
outro fica travado;o
sistema de junta
universal é menos
preciso, porém é mais
barato, e se ajusta
com maior rapidez.


A ABERTURA CONTROLA A LUZ E PROFUNDIDADE DE CAMPO

O diafragma de abertura, um anel de folhas sobrepostas dentro da lente da máquina fotográfica, ajusta o tamanho da abertura na lente pela qual a luz passa para o sensor de imagem.

Abertura e Exposição

A abertura pode ser abrir mais para deixar passar mais luz ou pode ser fechada para deixar passar menos. Como a velocidade do obturador, a abertura pode ser usada para controlar a exposição. Quanto maior a abertura , mais luz atinge a o sensor de imagem em um determinado período de tempo.

Abertura e Profundidade de Campo

Como no obturador, a abertura também afeta a nitidez de sua foto, mas de um modo diferente. Mudando a abertura muda a profundidade de campo, a profundidade em uma cena de primeiro plano para o fundo que será nítido em uma fotografia. Quanto menor a abertura que você usa, maior a área de uma cena que será nítida. Para algumas fotos, por exemplo numa paisagem você pode querer profundidade de campo máxima de forma que tudo de perto (primeiro plano) a distante (fundo) esteja em foco. Mas talvez em um retrato você quererá diminuir a profundidade de campo de forma que a face de seu assunto esteja nítida mas o fundo esteja suave e fora de foco.

cathy and doug.jpg (17348 bytes) Uma profundidade de campo rasa pode fazer parte de uma imagem nítida contra um fundo borrado. Isto enfatiza a parte mais nítida da imagem.

Antigas Aberturas
Uma variedade de desenhos de diafragma no último século e meio permitiu ao fotógrafo mudar o tamanho da abertura da lente. A forma de íris do diafragma, usada nas máquinas fotográficas de hoje, era usada já nos anos 1820 por Joseph Nicephore Niepce, um dos inventores da fotografia. Os "stops" de Waterhouse usados nos anos 1850’s era uma série de pratos de metal enegrecidos com buracos de tamanhos diferentes cortados neles. Para mudar aberturas, o fotógrafo escolhia o desejado e deslizou por uma abertura na bainha da lente. Com "stops" em roda, aberturas de tamanhos diferentes cortadas em um prato rotativo. O fotógrafo mudava o tamanho da abertura girando o prato para alinhar a abertura desejada com a lente.

Compreendendo Ajustes de Abertura

F-stops são chamadas ajustes de abertura e indicam o tamanho da abertura que abre dentro da lente. Cada f-stop deixa passar metade da luz da mais próxima abertura maior e duas vezes mais tanta luz quanto a mais próxima abertura menor. Da maior abertura possível para a crescentemente menor, as f-stops são f/1, f/1.4, f/2, f/2.8, f/4, f5.6, f/8, f/11, f/16, f/22, f/32, f/45. Nenhuma lente tem o alcance completo de ajustes; por exemplo, a lente standard que é provida quando você compra uma máquina fotográfica digital percorrerá de aproximadamente f/2 para aproximadamente f/16. A máxima (maior) abertura em uma lente pode estar entre dois dos números principais na série, por exemplo, f/1.7 ou f/3.5. Note que conforme o número de f-stops se põe maior (f/8 a f/11, por exemplo), o tamanho de abertura se põe menor. Isto pode ser mais fácil de lembrar se você pensar no f-número como uma fração: 1/11 são menos que 1/8, da mesma maneira que o tamanho de abertura de lente de f/11 é menor que o tamanho da abertura f/8.

USANDO JUNTO VELOCIDADE DE OBTURAÇÃO E ABERTURA

Velocidade de obturação e abertura afetam a exposição, a quantia total de luz que alcança o sensor de imagem e assim a claridade da foto ou escurecimento. A velocidade do obturador controla a duração do tempo em que o sensor de imagem é exposto a luz e a abertura controla o brilho daquela luz. Você pode emparelhar uma velocidade de obturação rápida (deixar passar luz por pouco tempo) com uma abertura grande (deixar passar mais luminosidade) ou uma velocidade de obturação baixa (tempo longo) com uma abertura pequena (pouca luz). Por falar em exposição, não faz qualquer diferença qual das combinações é usada. Mas de outro modo, faz diferença qual você escolhe e é justo esta diferença que lhe trazem algumas oportunidades criativas.

IMAGEM

Um modo para imaginar velocidades de obturação e aberturas são torneiras e baldes. Você pode encher (exposição) um balde com um esguicho pequeno (abertura) e levar muito tempo (velocidade de obturação) ou com um esguicho largo em um período menor. Não importa que combinação você escolhe, o balde é enchido.

O maior problema para muitas pessoas está em entender a relação entre velocidade de obturação e ajustes de abertura. Cada ajuste é 1 "f-stop" do próximo e deixa passar luz do próximo ajuste pela metade ou em dobro. Uma velocidade de obturação de 1/60 segundos deixa passar luz pela metade do que a de 1/30 segundos e duas vezes a luz de 1/125 segundos. Uma abertura de f/8 deixa passar metade da luz de f/5. e duas vezes a luz de f/11. Se você faz a obturação 1 f-stop mais lento (deixando entrar 1 stop mais de luz), e uma abertura 1 f-stop menor (deixando entrar em 1 f-stop menos luz), a exposição não muda. Porém, você aumenta a profundidade de campo ligeiramente e também a possibilidade de escurecimento.

IMAGEM

Estas imagens foram fotografadas com combinações diferentes de velocidade de obturação e abertura. Todas as combinações deixaram passar a mesma quantia total de luz, assim as exposições globais dos quadros permanecem a mesma. Mas a nitidez das fotos mudam de dois modos: objeto móvel aparece mais nítido a velocidades de obturação mais rápidas, mas a cena parece mais nítida de perto para distante (tem maior profundidade de campo) a aberturas menores.

Escolhendo uma Combinação de Velocidade de Obturação e de Abertura

Para fotografia geral, use pelo menos uma velocidade de obturação média (1/60 segundos ou mais rápida) e uma abertura média (f/5.6 ou menor). Você pode usar velocidade de obturação mais lenta se você tem a máquina fotográfica em um tripé, mas se você está segurando na mão use aberturas maiores antes de você ter de trocar para velocidades de obturação mais lentas.

    • A nitidez de um objeto que se move rápido é importante? Então use uma velocidade de obturação rápida, pelo menos 1/250 segundos. A distancia focal da lente que você está usando, a proximidade do objeto e a direção em que está movendo também afeta o movimento.
    • Você quer obter a máxima profundidade de campo, com a cena inteira nítida, de perto e de longe? Use a menor abertura que você puder. A distancia focal da lente e a distância para o assunto também afeta a profundidade de campo.

    MODOS DE EXPOSIÇÃO

    Em operação de exposição automática, sua máquina fotográfica automaticamente ajusta a velocidade de obturação e a abertura para produzir a melhor exposição possível. Em operação de exposição manual, você as fixa você mesmo. Porém, há dois outros modos de exposição que são extensamente usados em fotografia—prioridade de abertura e prioridade de obturação. Vamos dar uma olhada em cada um destes modos disponíveis. Máquinas fotográficas digitais de custo mais razoável têm só o modo completamente automático, mas máquinas fotográficas com os outros modos estão ficando mais acessíveis agora.

    • Completamente Automático (programado). A máquina fotográfica fixa a velocidade de obturação e abertura automaticamente sem sua intervenção. Modelos diferentes têm programas diferentes que escolhem o melhor par de combinações. Em um, a máquina fotográfica começa com a obturação mais alta e procura por uma abertura. Se não puder achar uma, ela abaixa a velocidade de obturação e olha novamente. Este modo lhe permite fotografar sem prestar atenção a ajustes. Você pode se concentrar na composição e foco. Com fotos assim tão fáceis de tomar, você pode obter imagens boas e outras ruins.
    • Modo de prioridade de abertura. Você seleciona a abertura (abrindo a lente) necessária para obter a profundidade de campo que você quer e o sistema de exposição automaticamente seleciona a velocidade de obturação para lhe dar uma exposição boa.
    • Modo de prioridade de obturação. Você escolhe a velocidade de obturação que você precisa para congelar ou deliberadamente turvar o movimento da máquina fotográfica ou movimento do objeto e a máquina fotográfica automaticamente ajusta a abertura para lhe dar uma exposição boa.
    • Modo manual. Você manualmente ajusta a abertura e a velocidade de obturação.

    Todos os modos de exposição automáticos dão resultados igualmente bons na maioria vasta das situações fotográficas. Quando você fotografa em tipos específicos de situações, alguns modos de exposição podem ter certas vantagens.

    • Quando fotografando cenas de ação, como essas encontradas por fotógrafos da vida selvagem, fotógrafos esportivos e fotojornalistas, o modo de prioridade de obturação pode ser melhor. Com cenas de rápida ação, você quer estar seguro de que sua velocidade de obturação é rápida o bastante. Com uma máquina fotográfica de prioridade de obturação, você pode selecionar a velocidade de obturação que precisa e então esquece do resto.
    • Quando fotografando paisagens ou cenas de viagens, o modo de prioridade de abertura poderá ser ligeiramente melhor. Lhe permite selecionar a abertura diretamente para a profundidade de campo que você quer. O mesmo é verdadeiro para fotografia de close-up onde a profundidade de campo é a preocupação principal.
    • Se você quer estar livre de qualquer preocupação sobre se escolher uma abertura ou velocidade de obturação, o modo completamente automático é melhor.

    USANDO VELOCIDADE DE OBTURAÇÃO E ABERTURA CRIATIVAMENTE

    Um das coisas que fazem a fotografia tão agradável é a chance que você tem de conseguir interpretar uma cena do seu próprio modo. Velocidades de obturação e controles de abertura são dois dos modos mais importantes que você tem de obter uma foto sua própria, exclusiva. Conforme você fica mais familiarizado com os efeitos delas em uma foto, você se encontrará fazendo escolhas mais instintivamente sobre elas: por exemplo, sabendo que você quer só o assunto principal nítido e ajustando assim para uma abertura maior. Nas seções que se seguem você aprenderá a fazer este planejamento quando sua máquina fotográfica não possui nenhum controle manual.

    constitution.jpg (36256 bytes)

    Para fotografar o U. S. Constituição da coberta de uma lancha móvel com uma lente longa foi preciso uma velocidade de obturação rápida.

    lion dancers.jpg (30585 bytes) Aqui a velocidade de obturação era rápida o bastante para congelar o dançarino central mas reduziu a velocidade o bastante para turvar os outros. Isto faz do dançarino central a pessoa mais importante na fotografia e também carrega um sentimento de movimento.

    taillights.jpg (12136 bytes) Deixando o obturador aberto por um período estendido de tempo, deixa rastros claros na imagem criada pelos faróis traseiros de um carro em movimento.

    Gugenheim.jpg (20278 bytes) Fotografando para baixo de um nível superior no Museu de Guggenheim congelou-se duas pessoas falando, mas turvou todo mundo caminhando pela cena.

ASA: É a sensibilidade do filme. Quanto maior o número da ASA, mas sensível à luz é o filme. Um filme de ASA 200 é um f/stop (ou um tempo de exposição) mais sensível à luz que um filme de ASA 100. O filme ASA 400 é dois f/stop mais sensível à luz que um filme de ASA 100. O filme ASA 800 é três f/stop mais sensível que um filme ASA 100 e assim adiante. Um exemplo prático: fotografa-se uma paisagem com diafragma 11 e velocidade 1/250 com um filme ASA 100. Caso estivesse-se usando um filme ASA 400 nesta mesma situação de luz, o diafragma teria de ser 22. (11 para 16 – um f/stop - e 16 para 22 – o segundo f/stop). Como o diafragma é proporcional à velocidade, poderia-se também manter o diafragma em 11 e aumentar a velocidade para 1/1000. Os filmes de ASA baixa 200, 100, 50 etc. são mais nítidos e ricos em cores que os filmes de ASA alta, como 400, 800 e 1600. Na fotografia digital a ASA é uma referência aos filmes "analógicos" e serve para estabelecer a sensibilidade do chip à luz.

Campo Focal: Na prática é a parte da fotografia que aparece em foco. Fotografando-se, por exemplo, uma paisagem, e tendo um campo focal é de 3 a 11 metros, significa que tudo que estiver de 3 a 11 metros do centro ótico da lente fotográfica, estará em foco, e o resto, fora de foco. O campo focal é comandado pelo diafragma da lente.

Centro ótico: Toda lente tem um centro ótico. Na prática este centro ótico é o ponto em que todos os raios de luz se cruzam e a imagem é invertida. Na fotografia, a imagem é invertida no filme, ou seja, o filme registra a paisagem fotografada de cabeça para baixo.

Chip: O chip ou sensor é, na linguagem fotográfica, a parte das máquinas digitais que substitui o filme das antigas máquinas analógicas.

Cibachrome: É uma ampliação em papel fotográfico feita a partir de um cromo. É um processo muito tóxico e complicado, por isso não é feito no Brasil em grande escala. Fotógrafos brasileiros que se utilizam deste processo, costumam fazer as suas ampliações em Paris. O resultado é uma imagem mais nítida que a obtida a partir do negativo e com maior intensidade de degradês e cores. A duração (resistência ao tempo) do cibachrome também é maior que o da ampliação a partir do negativo, pois a imagem tinge o papel fotográfico, não ficando somente na superfície.

Cromo: É um filme que mantém a imagem no positivo sem criar um negativo. É considerado o processo mais puro da fotografia.

Daguerreótipo: O primeiro processo fotográfico, registrado oficialmente em 1839, na França, por Louis Daguerre. Trata-se de um processo direto, sem uso de negativo, onde a imagem e registrada em uma lâmina de cobre coberta de prata. Posteriormente, após um processo de revelação complexo, a imagem final precisa ser protegida por um cristal, não podendo ter contato com o ar. A apresentação final de um daguerreótipo é, por tanto, uma placa de vidro.

Diafragma: É a parte principal de uma máquina fotográfica. Trata-se de uma pequena abertura redonda, que abre por alguns instantes quando aperta-se o disparador (= o botão que faz a máquina tirar a foto). Esta abertura define a “grossura” do fecho de luz que vai entrar em contato com o filme (ou chip no caso de máquinas digitais). O diafragma pode variar de 1.0 até acima de 40, dependendo da lente utilizada. 1.0 é a abertura máxima do diafragma, quando entra o máximo de luz. As numerações tradicionais do diafragma são: 1.0 / 1.4 / 2.0 / 2.8 / 4.0 / 5.6 / 8 / 11 / 16 / 22 / 32 / 45. Mas, na prática, o diafragma pode ter qualquer valor intermediário, entre 1 e 45, por exemplo 11.7 . Estas medidas são chamadas de f/stop. A relação entre o número do diafragma e a abertura é inversa, ou seja, quanto menor o número do diafragma, maior é a abertura. Na prática, esta abertura controla o campo de foco da imagem. Quanto maior a abertura do diafragma (próximo de 1), menor o campo focal. Quanto menor o diafragma (próximo de 22), maior o campo focal na imagem.

f/stop: É a medida que indica o tamanho da abertura do diafragma, tendo tradicionalmente os seguintes formatos numérico: 1.0 / 1.4 / 2.0 / 2.8 / 4.0 / 5.6 / 8 / 11 / 16 / 22 / 32 / 45.

Filme: Composto químico destinado a “gravar” a imagem captada pela objetiva.

Filme 35mm: É o filme padrão usado na maioria das máquinas fotográficas, aquele que se compra em qualquer esquina. O seu tamanho exato é 24 x 36mm.

Filme médio-formato: É um filme maior que o 35mm, utilizado em máquinas profissionais como Rolleiflex, Mamiya e Hasselblad. A sua área de aproveitamento depende de cada máquina. A Rolleiflex Xenotar, por exemplo, utiliza-se de 60x60mm enquanto o modelo tradicional da Mamiya usa o formato 45 x 60mm. O filme vem enrolado em um rolo de plástico e pode ter dois comprimentos: 120 e 220.

Filme 120: ver “filme médio formato”

Filme 220: ver “filme médio formato”

Flash: Luz artificial utilizada para iluminar objetos fotografados quando a luz do ambiente não é suficiente. Esta luz dura somente algumas frações de segundo e parece-se com um raio, dai a origem do nome “flash” que significa “raio” em inglês.

Grande-angular: Tipo de objetiva que tem como característica um amplo enquadramento da paisagem.

Internegativo: Processo utilizado para transformar cromos em negativos. A finalidade é poder fazer uma ampliação fotográfica, que é muito complexa no caso de cromos (ver cibachrome).

Lente: Disco de vidro que faz parte da objetiva da máquina fotográfica.

Macro: Tipo de objetiva que permite chegar muito próximo do objeto fotografado, gerando imagens de detalhes.

Megapixels: É um termo novo na fotografia, trazido pela indústria das máquinas digitais. Na prática, define para qual tamanho a imagem pode ser ampliada. Uma máquina de 10 megapixels tira fotos que podem ser ampliadas para 20x30cm em 300DPI (300 dpi é a alta definição padrão, usada pela maioria dos laboratórios fotográficos). E atenção: megapixels NÃO são sinônimos de qualidade. Uma máquina de 20 megapixels pode tirar fotos de péssima qualidade enquanto uma máquina com somente 5 megapixels pode tirar fotos de qualidade excelente. A qualidade da foto depende do sensor e do processamento digital da imagem captada.

Negativo: O filme negativo converte a imagem captada para uma espécie de raio-x perto e branco, onde as cores escuras ficam claras e as cores claras ficam escuras. Quando se faz a ampliação fotográfica a luz passa pelo negativo, e ao entrar em contato com o papel fotográfico, forma, novamente, a imagem positiva.

Objetiva: É a parte ótica da máquina fotográfica, sendo um conjunto de lentes, alinhadas de tal forma, a projetar uma imagem nítida no filme (ou chip em máquinas digitais). Algumas máquinas tem uma única objetiva embutida, enquanto em outras as objetivas podem ser trocadas. Existem quatro tipos de objetivas: grande-angular, teleobjetiva, objetiva “comum” e zoom. A objetiva zoom é um conjunto de lentes desenvolvidos para englobar diversas objetivas em uma só objetiva.

Teleobjetiva: Tipo de objetiva que aproxima um objeto, gerando um efeito parecido ao de um binóculo ou uma luneta.

Velocidade: A velocidade indica o tempo em que o diafragma fica aberto para que o filme (ou chip em máquinas digitais) capte a luz. A velocidade sempre vai depender do diafragma. O quanto menor for o diafragma (próximo de 22), menor a velocidade. Um diafragma “baixo” (próximo de 22) deixa entrar pouca luz na máquina, o que significa que o diafragma deve ficar aberto por mais tempo, para compensar esta abertura pequena. A velocidade tradicionalmente tem os seguintes formatos numéricos 1 / 2 / 4 / 8 / 15 / 30 / 60 / 125 / 250 / 500 / 1000 / 2000 etc. . Porém, este número pode variar livremente entre 1 (um segundo) e até mesmo 12000 (que significa 1 segundo dividido por 12000). Algumas máquinas indicam a velocidade como 1/125, outras, simplesmente, como 125. Se o tempo de exposição for maior que um segundo, o número torna a crescer para o outro lado, chegando geralmente até 30 segundos. Varia de máquina para máquina como é feita a diferenciação entre velocidade abaixo e acima de 1 segundo. A velocidade e o diafragma têm uma relação exata. Se em uma determinada situação de luz o diafragma for 11 e a velocidade 1/125, mudando-se o diafragma para 8 (um f/stop) a velocidade será 1/250, ou seja, o dobro.

Zoom: Ato de aproximar um objeto através de uma lente zoom, lente esta que tem como característica poder variar a distância ótica entre o fotógrafo e o objeto fotografado.


Focar/Desfocar - Profundidade de Campo

junho 19, 2007 23:55 by Cassio

Um efeito interessante que você pode fazer em suas fotos é manter o assunto que você quer fotografar "isolado" do fundo. Isso se chama tecnicamente "profundidade de campo". Recentemente as pessoas tendem a chamar de "desfoque" devido às ferramentas encontradas em programas como o Photoshop.

Diz-se que uma foto tem "pouca profundidade de campo" quando há poucos planos em foco. Veja por exemplo essa foto:

Pouca profundidade de campo


Perceba que a Madonna e a criança(primeiro plano) estão bem nítidas enquanto que os móveis(plano de fundo) estão desfocados ("borrados").
More...
Se todos os planos (a Madonna e os móveis) estivessem bem nítidos, diríamos que a foto tem grande profundidade de campo.

Ter uma grande ou pequena profundidade de campo vai depender do objetivo da foto. Se você quer ressaltar apenas um assunto específico é interessante ter pouca profundidade de campo (ou, "fundo desfocado").

Para se conseguir isso é necessário que a câmera tenha controles manuais, pois você irá precisar alterar os valores de abertura do diafragma.

O diafragma é a "peça" que se abre para que a imagem seja captada pelo sensor da lente ou pelo filme.

Via de regra, quanto MAIOR a abertura do diafragma, menor a profundidade de campo, e o contrário. Os valores de abertura são medidos em "f": f/1.8, f/2.0, f/2.2, f/2.8, f/3.5, etc. Para confundir um pouco mais, quanto menor o valor (1.8 no caso do exemplo), MAIOR é abertura.

Não se assuste com a parte técnica/teorica por enquanto. O importante é saber que você só poderá controlar a profundidade de campo tendo uma máquina com controles manuais. Tendo uma máquina dessas, você pode "brincar" com os valores de "abertura" para aprender de modo prático como funciona. Faça um teste: sobre uma mesa, coloque 3 latas de refrigente(ou objeto semelhante) à uma distância de 30 a 50cm uma da outra. Fique em linha reta com as 3 latas. Coloque a menor abertura possível e tire 3 fotos: uma focando na primeira lata, outra focando na 2a. lata e a outra focando na 3 lata.

Veja o exemplo que montei utilizando 3 xícaras, e abertura f/1.8:

img_4085.jpg Focando na primeira xícara, as 2 e a 3a. ficam desfocadas

img_4086.jpg Focando na segunda, a primeira e a última ficam desfocadas

img_4087.jpg Focando na última, a primeira e a segunda ficam desfocadas

Agora, usando uma abertura maior, f/22, consigo ver razoavelmente bem todas as xícaras (focando na 2a.)

img_4089.jpg

Claro que existem outras questões envolvidas, como por exemplo, distância focal da objetiva, distância que você está do tema a ser focado/desfocado, etc, mas o controle básico para se ter mais ou menos profundidade de campo é a abertura do diafragma.


Imagens fora de foco
Equipe UFONEWSBR
Reprodução gentilmente autorizada

Partindo de um objeto pontual (O1), totalmente em foco, os feixes de luz, após passarem pela lente, vão passar bem no cento (O3) do diafragma, e em seguida, passam pela segunda lente, atingindo o filme fotográfico em um ponto (F1), totalmente focalizado.

Partindo de um objeto pontual (O2), totalmente fora de foco, os feixes de luz, após passarem pela lente, iriam convergir no ponto O4, mas parte desses feixes de luz são bloqueados pelas palhetas metálicas do diafragma. Apenas uma parte consegue passar. Essa parte, na realidade, é um cone com milhares de feixes de luz. Entre os pontos O3 e O4 temos o que é chamado de cáustica ou círculo de confusão mínima. Como só vai passar luz, fora de foco, pelo diafragma, e este barra parte dos raios de luz, conseqüentemente, a forma física do diafragma é transportada para a película do filme fotográfico.

ABERRAÇÃO ESFÉRICA
É a incapacidade de uma lente objetiva para fazer com que os raios marginais e axiais formem o foco no mesmo ponto. Devido a curvatura das superfícies das lentes, as bordas são mais finas, enquanto que o centro é mais grosso. Se a lente é atingida por raios paralelos, eles vão atravessar diferentes espessuras em toda a lente, e conseqüentemente vão formar vários focos (cáustica).

A lente objetiva que tem aberração esférica forma uma imagem difusa e pouco contrastada em todo o campo visual. Podemos reduzir o problema fechando o diafragma, de forma a utilizar somente a região central da lente. Fechando o diafragma é necessário focalizar novamente.

Uma lente objetiva é composta por vários elementos, que pode variar de 7 a 15 lentes, dependendo da qualidade do produto. Tudo isso é utilizado para eliminar ou reduzir as aberrações das objetivas das máquinas fotográficas e das filmadoras.

Na figura abaixo, vemos uma luminária, que foi cortada da foto original, à direita, que gerou um reflexo do tipo COMA, à esquerda (veja a simetria na foto). Ao redor do reflexo vemos um ótimo exemplo de ABERRAÇÃO ESFÉRICA, formando um enorme anel.

Esse efeito é bem comum nos filmes noturnos de cinema ou televisão, quando aparecem os faróis de um carro vindo de frente. Também acontece com as luminárias de palco dos estúdios de televisão.



FORA DE FOCO
Algo muito semelhante acontece com as imagens fora de foco. Semelhante oticamente falando, mas com resultados visuais diferentes. Se temos uma pessoa sendo focalizada, por exemplo, e lá atrás temos um ou vários focos de luzes, tais focos vão estar fora de foco, e chega na máquina naquela região chamada de cáustica ou círculo de confusão mínima. Isso vai fazer com que a imagem do diafragma seja transportada para a foto. Se tivermos um diafragma com cinco palhetas, como no exemplo acima, teremos as imagens fora de foco com a forma de pentágonos. Se tivermos um diafragma com seis palhetas, como no exemplo abaixo, teremos as imagens fora de foco com a forma de hexágonos. E assim sucessivamente.

O mesmo também acontece se você fotografar, por exemplo, uma fonte de luz bem perto, com o foco para o infinito. No exemplo acima, os pequenos furos no corpo da luminária, foram registrados no filme com a forma de hexágonos, pois o diafragma da máquina fotográfica era de 6 palhetas. Na foto da esquerda, já é possível também ver a ABERRAÇÃO ESFÉRICA, de cor avermelhada.

Na foto da luminária, sabemos que ela está fora de foco, porque os hexágonos estão todos paralelos. Se fossem janelas hexagonais em uma curva, devido à inclinação, tais hexágonos estaria alinhados para um certo ponto.



COMA
A aberração COMA (Coma Berenice) ou Cauda de Cometa é a incapacidade de uma lente objetiva em formar uma imagem pontual obliqua, produzindo em seu lugar uma mancha de luz assimétrica que emana do centro. Os raios de luz são refletidos pelas lentes internas e atingem o filme. Essa aberração é a que mais confunde com UFOs. Veja o exemplo acima de uma foto que foi recortada. Na foto sem corte, sempre haverá uma simetria com a fonte que gerou o reflexo em relação ao centro da foto.

Sempre é importante examinar os negativos, para verificar se alguém revelou a foto com cortes. Vejam alguns exemplos abaixo:



FORA DO CAMPO VISUAL
Outro efeito visual interessante e que confunde com UFO ocorre com a fonte de luz fora do campo visual da máquina, mas dentro do campo visual da primeira lente (a mais externa). Normalmente são fotos batidas quase contra o Sol. Isso pode ser evitado com o uso do acessório Para Sol. Vejam os dois exemplos abaixo.

Se você leu e entendeu corretamente este curso, provavelmente você vai passar a ver as fotos ufológicas com mais cuidado, bem como vai ver televisão de uma forma diferente, reparando na grande quantidade de quadrados, pentágonos, hexágonos, etc..., que aparecem constantemente, bem como as aberrações tipo COMA e ABERRAÇÃO ESFÉRICA.

Os Fundamentos da Fotografia Digital


INTRODUÇÃO

Antes de começarmos a explorar as máquinas fotográficas digitais e como elas são usadas, vamos antes dar uma olhada em alguns dos princípios básicos como sensor de imagem, resolução e coloração, que são os alicerces da fotografia digital.

Diferentemente de máquinas fotográficas tradicionais que usam filme para armazenar uma imagem, máquinas fotográficas digitais usam um dispositivo de estado sólido chamado de sensor de imagem. Estes chips de silicone do tamanho de uma unha, contêm centenas de milhares ou milhões de diodos fotossensíveis chamados "photosites". Cada um destes photosites registra a intensidade ou brilho da luz que se incide sobre ele. Cada photosite reage à luz que lhe incide acumulando uma carga de energia; quanto maior a luz, mais alto será a carga. O brilho registrado por cada photosite é então guardado como um jogo de números que podem ser usados para determinar a cor e brilho de pontos na tela ou tinta em uma página impressa para então reconstruir a imagem. Neste capítulo, nós olharemos este processo de perto porque é o fundamento de tudo o que segue.

Intel camera.JPG (32723 bytes) Aqui uma visão do que uma máquina fotográfica em toda a sua complexidade eletrônica. Bem-vindo ao mundo novo da fotografia digital. Cortesia da Intel.

PIXELS—SOMENTE PONTOS

Ligue seu computador e leia seu e-mail ou escreva um documento. Quando você precisa fazer alguma pesquisa você entra na Internet e folheia clipes de vídeo históricos, museus de arte e exibições de fotografia. Quando você quer relaxar, carrega um programa de simulador de vôo e voa por um mundo computadorizado com fotos realistas ou veste um óculos 3D e assiste as coisas saltarem fora da tela vindo até você. Tão diferente quanto estas experiências podem ser, elas todas têm uma coisa em comum—você está olhando a nada mais do que pontos. Como os pintores impressionistas que pintaram cenas maravilhosas com pontos pequenos de pintura, sua tela, e sua impressora criam imagens com pontos pequenos chamados elementos de imagem—ou somente pixels.

Pixels são criados dividindo uma imagem em uma grade. O computador pode mudar o brilho de todo quadrado ou pixel nesta grade. Fazendo assim, são exibidas texto e imagens. Controlando, ou endereçando uma grade de pixels individualmente deste modo é chamado mapeamento de bit ou "bit mapping".

jellybean.JPG (90229 bytes)
Aqui você vê uma reprodução da famosa pintura "The Spirit of ‘76" feita toda com jujubas. Imagine cada jujuba como um pixel e então será mais fácil imaginar como os pontos formam uma imagem. Jelly Bean Spirit of ’76 courtesy of Herman Goelitz Inc. Makers of Jelly Belly

Se você aumenta qualquer imagem digital o bastante, os pixels começarão a aparecer—isto é chamado de pixelização. Isto é semelhante a granulação que surge quando são aumentadas impressões de filmes tradicionais além de um certo ponto.

muttandjeff.JPG (63265 bytes)
Um pássaro " black-crowned night heron" e um filhote de "great blue heron" se equilibram num tronco de madeira parecendo os personagens de estórias em quadrinhos Mutt e Jeff ou Bert e Ernie. Mesmo se você clicar na imagem para aumentá-la, os pixels não aparecerão.
muttandjeff pixels.JPG (31364 bytes)
Quando uma seção desta mesma imagem é recortada e depois aumentada, os pixels (pontos ou elementos) quadrados começam a aparecer claramente. Clique na imagem para ver ainda mais claramente e verifique como cada pixel é uma pequeno quadrado feito de uma única cor.

A maquilagem de um pixel varia e depende em se está na máquina fotográfica, na tela, ou em uma impressão.

pixels-camera.GIF (1665 bytes) Na máquina fotográfica, cada photosite no sensor de imagem representa um pixel. A cor de cada pixel é calculada usando os pixels que o cercam. Este desenho mostra nove pixels.
pixels-screen.GIF (1719 bytes) Na tela, cada pixel tem uma única cor formada pela mistura dos raios luminosos vermelhos, verdes e azuis ou LCDs. Este desenho mostra nove pixels.
pixels-printer.GIF (3325 bytes) Em uma impressão, um pixel é formado de muitos mais pontos menores que se misturam para dar a impressão de uma única cor. Este desenho mostra um pixel.

RESOLUÇÃO DE DISPOSITIVOS DIGITAIS

A qualidade de qualquer imagem digital, se impressa ou exibida em uma tela, depende em parte de sua resolução—o número de pixels utilizados para criar a imagem. Mais e menores pixels somam detalhe e realçam com nitidez a imagem. Esta tabela lista alguns padrões de comparação. Os números de várias fontes diferem.

Existem três modos para se expressar a resolução de uma imagem; por suas dimensões em pixels, pelo número total de pixels, ou pela relação de pixels por polegada (ppi) ou pontos por polegada (dpi).

Elemento Resolução Total de Pixels
TV (NTSC) colorida 320 x 525 168.000
Olho humano 11.000 x 11.000 120 milhões
35-mm slide
A revista "The Economist" diz que tem 20 milhões ou mais. A CMOS Imaging News diz que são de 5 a 10 milhões dependendo do filme. Outra fonte diz aproximadamente 80 milhões de pixels. Robert Caspe da SoundVision diz que negativos de filmes coloridos tem 1000 pixels por polegada enquanto filme diapositivo a cores tem 2000 pixels por polegada.
Filme da câmera Kodak Disc 1982
3 milhões de pixels—cada um com cerca de 0.0003 polegadas de diâmetro.

Resolução—Ótica e Interpolada

Cuidado com as reivindicações sobre resolução para máquinas fotográficas e scanners porque há dois tipos; ótico e interpolado. A resolução ótica de uma máquina fotográfica ou scanner é um número absoluto porque os photosites de um sensor de imagem são dispositivos físicos que podem ser contados. Para melhorar a resolução em certos aspectos limitados, a resolução pode ser aumentada usando um software. Este processo é chamado de resolução interpolada, que soma pixels a uma imagem. Para fazer assim, um software avalia os pixels que cercam cada pixel novo para determinar o que suas cores deveriam ser. Por exemplo, se todos os pixels ao redor de um pixel recentemente inserido são vermelhos, o pixel novo será criado como vermelho. O que é importante é se lembrar de resolução interpolada não soma informação nova para a imagem—só soma pixels e faz o arquivo ficar maior. Esta mesma coisa pode ser feita em um editor de fotografia como o Photoshop, através de ajuste do tamanho da imagem. Cuidado com companhias que promovem ou enfatizam a resolução interpolada (ou otimizada) do dispositivo deles. Você estará adquirindo menos do que você pensa. Sempre confira a resolução ótica do dispositivo. Se isto não é informado, fuja do produto—você estará lidando com pessoas que não têm muito senso ético e profissional em seus corações.

Resoluções das Máquinas

Como você viu, sensores de imagem contêm uma grade de photosites—cada um representa um pixel na imagem final. A resolução do sensor é determinada pelo número de photosites que existem em sua superfície. Esta resolução normalmente é especificada em um dos dois modos—pela dimensão do sensor em pixels ou por seu número total de pixels. Por exemplo, a mesma máquina fotográfica pode especificar sua resolução como sendo de 1200 x 800 pixels (onde " x " é pronunciado " por " como em " 1200 por 800 "), ou 960 mil pixels (1200 multiplicados por 800). Máquinas fotográficas de alta resolução freqüentemente se referem ao tamanho dos arquivos ao invés da resolução. Por exemplo, alguém pode dizer que uma máquina fotográfica cria arquivos de 30 Megabytes. Isto é justo uma forma de abreviar.

camerares.JPG (36784 bytes)
A resolução das câmera são fornecidas como dimensões (1200 x 800) ou por totais (960,000).

Máquinas fotográficas para iniciantes têm atualmente ao redor de 640 x 480 pixels de resolução, embora este número venha sendo constantemente melhorado. Máquinas fotográficas melhores, aquelas com 1 milhões ou mais pixels são chamadas máquinas fotográficas de megapixel e aquelas com mais de 2 milhões são chamadas máquinas fotográficas de multi-megapixel. Até mesmo as máquinas fotográficas digitais profissionais mais caras só dão aproximadamente 6 milhões de pixels. Como você poderia esperar, os custos sobem com o aumento da resolução da máquina fotográfica.

Tamanho não é tudo!

Quanto mais alta a resolução de uma máquina fotográfica, maior serão os arquivos de imagem que ela cria. Por isto, algumas máquinas fotográficas lhe permitem especificar mais de uma resolução quando você tira uma foto. Embora é provável que você obtenha um melhor resultado com uma resolução mais alta, nem sempre isto é necessário—especialmente quando a imagem vai ser exibida na Web ou impressa muito pequena. Nestes casos bastarão imagens de resolução mais baixa, e porque elas têm tamanhos de arquivo menores, você poderá guardar mais na memória da máquina fotográfica.

Embora mais photosites significam resolução mais alta, acrescentar mais não é fácil e cria outros problemas. Por exemplo:

  • Soma significativamente mais photosites ao chip, assim o chip deve ser maior e cada photosite menor. Chips maiores com mais photosites aumentam dificuldades (e custos) de fabricar. Photosites menor devem ser mais sensíveis para capturar a mesma quantia de luz.
  • Mais photosites criam imagens maiores para arquivar e criam problemas de armazenamento.

Resolução dos Monitores

A resolução de um monitor de PC quase sempre é determinada como um par de números que indicam a largura da tela e altura em pixels. Por exemplo, um monitor pode ser especificado como sendo 640 x 480, 800 x 600, 1024 x 768, e assim por diante.

  • O primeiro número no par é o número de pixels de um lado ao outro da tela.
  • O segundo número é o número de linhas de pixels de cima abaixo a tela.
monitorres with labels.JPG (57808 bytes) Este é uma tela de 640 x 480 . Isso significa que existem 640 pixels em cada linha e 480 linhas.

Imagens exibidas no monitor são de muito baixa resolução. Como você pode ver na tabela abaixo, o número atual de pixels por polegada depende da resolução e o tamanho do monitor. Geralmente, são convertidas imagens que serão exibidas na tela a 72 pixels por polegada (ppi), uma resolução originada na era do Apple. (Os números vermelhos na tabela são os pixels por polegada para cada combinação de tamanho de tela e resolução.) Como você pode ver na tabela, este não é um número exato para qualquer resolução em qualquer tela, mas tende a ser uma boa aproximação. Se uma imagem tem 800 pixels de largura, os pixels por polegada aparecem diferentes em um monitor de 10 polegadas de largura que em um de 20 polegadas. O mesmo número de pixels tem que ser espalhado por uma tela maior assim a relação dos pixels por polegada acaba caindo.

Resolução

Tamanho do Monitor

14 15 17 19 21
640 x 480 60 57 51 44 41
800 x 600 74 71 64 56 51
1024 x 768 95 91 82 71 65

Resolução da Impressora e do Scanner

Resoluções de impressoras e de scanners normalmente são especificadas pelo número de pontos por polegada (dpi) que eles imprimem ou esquadrinham. (Geralmente pixels por polegada se referem à imagem e tela de exibição e pontos por polegada se referem à impressora e imagem impressa. Às vezes eu penso que toda esta terminologia só existe para nos confundir. Para propósitos de comparação, monitores usam uma média de 72 ppi para exibir texto e imagens, impressoras de jato de tinta variam até 1700 dpi e máquinas de tipográficas comerciais variam entre 1.000 e 2.400 dpi.

CONVERTENDO UNIDADES DE MEDIDA

Quando trabalhamos com imagens digitais, algumas vezes você precisa converter entre dimensões de imagem como polegadas, pixels, ou pixels por polegada (às vezes expressas como pontos por polegada). Não desista aqui, é tudo só multiplicação e divisão!

Convertendo dimensões em pixels para polegadas

Como você viu, imagens são descritas pelas dimensões delas em pixels. Porém, impressões são descritas em polegadas ou centímetros. O que fazer se você tem uma imagem digital e quer fazer uma impressão? Para saber que tamanho uma imagem terá quando exibida ou impressa, você tem que converter de pixels a polegadas (ou cm). Fazendo assim, você divide a dimensão da imagem em pixels pela resolução do dispositivo em pixels por polegada (ppi). Por exemplo, para converter as dimensões para uma imagem de 1500 x 1200 que será impressa a 300 ppi você divide como segue:

Largura: 1500 pixels ÷ 300 ppi = 5 polegadas
Altura: 1200 pixels ÷ 300 ppi = 4 polegadas

O resultado é uma impressão de 5 x 4 polegadas. Porém, se o dispositivo de produção imprime a 600 ppi, o resultado muda para 2.5 x 2 polegadas de impressão como segue:

Largura: 1500 pixels ÷ 600 ppi = 2.5 polegadas
Altura: 1200 pixels ÷ 600 ppi = 2 polegadas
Height: 1200 pixels ÷ 600 ppi = 2"

Convertendo dimensões de polegadas para pixels

Esquadrinhar é o verso de imprimir. Você normalmente esquadrinha imagens medidas em polegadas para criar arquivos definidos em pixels. Por exemplo, quando esquadrinhando uma foto, para saber que tamanho terá a imagem digital, você precisa converter de polegadas a pixels. Para fazer isto, você multiplica o número de polegadas pelo de pixels por polegada (ppi) do dispositivo. Por exemplo, se você esquadrinha uma imagem de 4 x 5 polegadas a 300 ppi, você calcula o tamanho de cada lado em pixels ao multiplicar suas dimensões em polegadas pelo número de pixels por polegada como segue:

Largura: 5 pol. x 300 ppi = 1500 pixels
Altura: 4 pol. x 300 ppi = 1200 pixels

eight: 4" x 300 ppi = 1200 pixels

numberofpixels.JPG (33776 bytes)
Para converter de polegadas para pixels você multiplica o tamanho em polegadas vezes os pixels por polegada. Aqui, um lado tem 5 polegadas e outro 4. Para calcular o tamanho de cada lado em pixels, você multiplica estas dimensões pelo número de pontos por polegada, neste caso 300.

Convertendo dimensões em pixels para pixels por polegada

Quando você faz impressões de imagens, os pixels começam a mostrar quando a impressão é aumentada a um ponto onde o número de pixels por polegada (ppi) caia muito. Se sua impressora só pode imprimir uma imagem bem definida a 300 ou mais pixels por polegada, você precisa determinar se o tamanho da imagem que você planeja imprimir cairá abaixo deste nível. Digamos que você tem uma imagem esquadrinhada e quer imprimi-la a um certo tamanho. Quando você aumenta ou reduz uma imagem assim, muda o ppi. Para descobrir como ficam os pixels (ou pontos) por polegada, você converte do tamanho original da imagem em pixels para sua relação de pixels por polegada. Por exemplo, se você esquadrinha um slide a 2700 ppi, sua imagem esquadrinhada é aproximadamente 3712 pixels de largura (um slide tem aproximadamente 1.375 polegadas de largura). Se você então imprime aquela imagem que esquadrinhou em 10 polegadas de largura, os pixels são esticados por sobre uma área maior assim o ppi na impressão cai de 2700 ppi a 371 ppi (3712 pixels ÷ 10 polegadas = 371 pixels por polegada). Também, se você sabe o tamanho da imagem em pixels, você pode dividir aquele número pelo número de pixels que você quer imprimir por polegada para determinar o maior tamanho possível da impressão.

scanning and printing dpi.JPG (24631 bytes) Aqui um slide é esquadrinhado a 2700 dpi. Os 3712 pixels resultantes são esparramados por uma impressão de 10 polegadas de largura. O dpi na impressão são de 371.

Resolução e Tamanho de Imagem

Surpreendentemente, resolução não indica nitidez por si só, ou até mesmo tamanho. O mesmo número de pixels pode ocupar uma área pequena ou grande na tela ou impressão. Quando eles são espalhados por sobre uma área maior, a nitidez visualizada cai (quando vistos de uma mesma distância). Reciprocamente, se eles são apertados em uma área menor, aumento de nitidez é verificado. As imagens em telas de alta resolução ou impressões de alta definição só parecem mais nítidas porque os pixels disponíveis se agrupam em uma área muito menor —não porque há mais pixels. Quanto menor uma imagem é exibida a partir de um determinado arquivo, mais nítida aparecerá. Porém, quando aumenta muito, a nitidez começa a diminuir e eventualmente os pixels quadrados começarão a aparecer na imagem—ela se torna pixelizada.

Pixel-size.JPG (34278 bytes)
Para que a resolução cresça, o tamanho dos pixels tem que diminuir.


O tamanho final de uma imagem depende da resolução do dispositivo de produção. Imagine fazer dois chãos de azulejo, um com azulejos grandes e um com pequenos. O com azulejos pequenos terá curvas mais nítidas e mais detalhe. Porém, se você tem o mesmo número de azulejos grandes e pequenos, a área coberta pelos azulejos pequenos será muito menos.

Image sizes at various dpi.JPG (25732 bytes)
Esta imagem mostra como uma foto de 640 x 480 é apresentada na tela ou impressa em dispositivos com diferentes pontos por polegada (ppi). A 72 ppi será 8.9 x 6.7 pol., a 300 ppi será 2.1 por 1.6 pol. e a 1500 ppi, será somente 0.43 x 0.32 pol.

Você pode ver como isto acontece estudando a tabela abaixo que lista várias resoluções de imagem encontradas em CDs de fotos. Uma imagem com 768 x 512 pixels caberá justa em uma tela fixada para uma resolução de 800 x 600. Será exibida a um pouco mais de 10 x 7 polegadas—quase do tamanho de uma página de revista. Aquela mesma imagem, impressa em uma impressora de 300 dpi encolhe para aproximadamente 2.5 por 1.7 polegadas. Em uma impressora de 1.500 dpi, a mesma imagem encolhe a um tamanho menor que um selo.

Original Tela de 14 pol. @ 72 ppi Impressora de 300 dpi Impressora de 1500 dpi
Largura Altura Largura Altura Largura Altura Largura Altura
192 128 2.67 1.78 0.64 0.43 0.13 0.09
384 256 5.33 3.56 1.28 0.85 0.26 0.17
768 512 10.67 7.11 2.56 1.71 0.51 0.34
1536 1024 21.33 14.22 5.12 3.41 1.02 0.68
3072 2048 42.67 28.44 10.24 6.83 2.05 1.37
6144 4096 85.33 56.89 20.48 13.65 4.10 2.73

Para fazer uma imagem maior ou menor para um determinado dispositivo de produção, deve-se redimensioná-la em um programa de editoração de fotografia ou pela aplicação em que você está imprimindo. O redimensionamento é feito através de interpolação. Quando aumentado, novos pixels são somados e cada pixel novo é determinada pelas cores de seus vizinhos. Quando reduzido, algum pixels são apagados.

Quando aumentado além de um certo ponto, imagens digitais se tornam pixelizadas, perdem detalhe e mostram os pixels de que eles são feitos. Uma regra básica é que uma imagem de 1.5 megapixel pode ser aumentada aproximadamente até 8 x 10 antes de começar a mostrar pixels a uma distância normal de visualização. A Kodak diz que uma imagem de 1-megapixel pode ser reproduzida foto realisticamente a 5 " x 7 ".

INTENSIDADE DE COR

Resolução não é o único fator que governa a qualidade de suas imagens. Igualmente importante é a cor. Quando você vê uma cena natural, ou uma impressão fotográfica a cores bem feita, você pode diferenciar milhões de cores. Imagens digitais podem aproximar este realismo de cor, mas se isto pode ser obtido em seu sistema depende de suas capacidades e sua regulagem. Quantas cores existem em uma imagem ou quanto um sistema pode exibir é chamado de intensidade de cor, profundidade de pixel, ou profundidade de bit. PCs mais velhos estão restritos a exibições que mostram só 16 ou 256 cores. Porém, muitos sistemas mais novos incluem um cartão vídeo e um monitor que podem exibir o que é chamado Cor Verdadeira de 24-bit. Chama-se Cor Verdadeira porque estes sistemas exibem 16 milhões de cores, mais ou menos o número que pode discernir o olho humano.

DICA: Verificando Seu Sistema

Você pode ter que regular seu sistema para cor total, se isto não acontece automaticamente. Para ver se seu sistema Windows 95/98 suporta Cor Verdadeira, clique no botão Iniciar, clique Configurações , e então clique Painel de Controle e depois Vídeo. Clique a aba de Configurações e confira a configuração da paleta de Cor.

Como bits e cores se relacionam uns aos outros? É aritmética simples. Para calcular quantas cores diferentes podem ser capturadas ou podem ser exibidas, simplesmente eleve o número 2 a potência do número de bits usados para registrar ou exibir a imagem. Por exemplo, 8-bits lhe dão 256 cores porque 2 elevado a 8 = 256. Aqui esta uma tabela para lhe mostrar algumas outras possibilidades.

Nome Bits por pixel Formula Número de cores
Preto e branco 1 2 elev. a 1 2
Monitor de vídeo no Windows 4 2 elev. a 4 16
Graduação de Cinza 8 2 elev. a 8 256
256 cores 8 2 elev. a 8 256
High color 16 2 elev. a 16 65 mil
True color 24 2 elev. a 24 16 milhões

Algumas máquinas fotográficas e scanners usam 30 ou mais bits por pixel. Estes bits extras são usados para melhorar a cor na imagem quando ela é processada até sua forma final de 24-bit.

mom_bw.GIF (19803 bytes) mom_gray.JPG (22612 bytes) mom_color.JPG (24065 bytes)
Imagens em preto e branco exigem só 2-bits para indicar qual pixels são brancos e quais são pretos. Imagens em escala de cinza precisam de 8 bits para exibir 256 graduações diferentes de cinza. Iimagens de cor são exibidas usando 4 bits (16 cores), 8 bits (256 cores), 16 bits (65 mil cores) chamada High Color, e 24 bits (16 milhões de cores) chamada True Color ou Cor Verdadeira.
Revisão: Bits e Bytes

Lendo sobre sistemas digitais, você freqüentemente encontra os termos bit e byte.

bits animated.gif (50837 bytes)O bit é a menor unidade digital. É basicamente um único elemento no computador que como uma lâmpada incandescente tem só dois possíveis estados, ligado (indicando 1) ou desligado (indicando 0). O termo bit é uma contração da frase mais descritiva binary digit (dígito binário).

Bytes são grupos de 8-bits unidos juntos para processar. Desde que cada um dos oito pedaços tem dois estados (ligado ou desligado), a quantia total de informação que pode ser carregada é 28 (2 elevado a 8º potência), ou 256 possíveis combinações

Profundidade de cor é importante em ambas as extremidades do espectro. É inteligente equalizar a profundidade da cor de uma imagem com o uso planejado para ela. Por exemplo, se uma imagem será impressa, 24-bit cor é um fator imperativo se você quer obter cores para vivas e bem definidas. Porém, se uma imagem será colocada na Web, veja que a maioria das pessoas ainda está usando monitores de 256 cores. Imagens publicadas em milhões de cores levarão muito mais tempo para carregar porque os arquivos são maiores.

SENSORES DE IMAGEM

Da mesma maneira que em uma máquina fotográfica tradicional, a luz entra em uma máquina fotográfica digital por uma lente controlada por um obturador. Máquinas fotográficas digitais têm um de três tipos de obturadores eletrônicos que controlam a exposição:

  • Obturadores eletrônicos com sensores usam o próprio sensor de imagem para fixar o tempo de exposição. Um circuito cronometrado diz quando começar e parar a exposição.
  • Obturadores eltro-mecanicos são dispositivos mecânicos que são eletronicamente controlados.
  • Obturadores eletro-óticos são dispositivos eletronicamente dirigidos situados em frente do sensor de imagem e que mudam o curso ótico da transmitância (quantidade de luz transmitida através de um material em proporção ao total de luz incidente sobre a superfície do material transmissor).

De Raios de Luz a Imagens

Quando o obturador abre, em lugar de expor um filme, a máquina fotográfica digital coleta luz em um sensor—um dispositivo eletrônico de estado sólido. Como você viu, o sensor de imagem contém uma grade de photosites minúsculos. Quando a lente focaliza a cena no sensor, alguns photosites registram realces, outros sombras, e outros registram tudo, todos os níveis de luminosidade.

sensor sizes.GIF (5539 bytes) Sensores de imagem são freqüentemente dispositivos minúsculos. Os três tamanhos mais comuns usados em máquinas fotográficas digitais são justo uma fração do tamanho de um slide de 35mm ou um negativo.

Cada photosite converte a luz incidente em uma carga elétrica. Quanto mais luminosa for a luz, o mais alto a carga. Quando o obturador fecha e a exposição se completa, o sensor " se lembra " do padrão que registrou. Então são convertidos os vários níveis de carga para números digitais que podem ser usados para recriar a imagem.

vision image sensor.jpg (3857 bytes) Sensores de imagem contêm uma grade de photosites que converte a luz que incide neles para uma carga elétricas. Estas cargas podem ser medidas e convertidas em números digitais que indicam quanta luminosidade incidiu em cada photosite. Cortesia da VISION.

Estas duas ilustrações mostram como sensores de imagem capturam imagens.

sensor with charges.JPG (18060 bytes) wpe1.jpg (19157 bytes)
Quando uma imagem é enfocada pela lente da máquina fotográfica (ou scanner), ela cai no sensor de imagem. Quantias variadas de luminosidade incide em cada photosite e desprendem elétrons que são então capturados então e armazenados. O número de elétrons soltos de um photosite é diretamente proporcional à quantia de luz que o atingiu. Quando a exposição é completada, o sensor está como um tabuleiro de damas, com números diferentes de quadrados de xadrez (elétrons) empilhados em cada quadro (photosite). Quando a imagem é lida no sensor, os elétrons armazenados são convertidos a uma série de descargas analógicas as quais são convertidas então a valores digitais por um conversor Análogo-para-Digital (A to D) .

Esquadrinhamento Entrelaçado vs. Progressivo

Uma vez que o sensor capturou uma imagem, esta deve ser lida, convertida para digital, e então deve ser armazenada. Não são lidas as cargas elétricas armazenadas no sensor tudo de uma vez mas uma linha de cada vez. Há dois modos para fazer isto—usando esquadrinhamento interlaçado ou progressivo.

  • Em um sensor de esquadrinhamento interlaçado, a imagem é primeiramente processada pelas linhas impares e então pelas pares.
  • Em um sensor de esquadrinhamento progressivo, as linhas são processadas uma após a outra, em seqüência..
interlaced.GIF (18212 bytes) Em um sensor de esquadrinhamento interlaçado, a imagem é lida em linhas alternadas. A imagem então é completada com a leitura das linhas faltantes.

SENSORES DE IMAGEM E CORES

Quando fotografia foi inventada, podia-se somente registrar imagens em preto e branco. A busca da cor foi um processo longo e árduo, e neste ínterim muitas mãos foram usadas para colorir (motivando o comentário de um autor " assim você acaba tendo que saber pintar afinal de contas"!). Uma inovação importante foi a descoberta de James Clerk Maxwell's em 1860 de que fotos coloridas podiam ser formadas usando-se filtros vermelhos, azuis e verdes. Ele fez o fotógrafo, Thomas Sutton, fotografar uma tira de tartana três vezes, cada vez com um filtro diferente de cor em cima da lente. As três imagens foram reveladas e então foram projetadas sobre uma tela com três projetores diferentes, cada um equipado com o mesmo filtro de cor de acordo com sua imagem. Quando juntas, as três imagens formaram uma imagem de cor sólida. Agora, depois de um século sensores de imagem estão trabalhando do mesmo modo.

Cores aditivas

Cores em uma imagem fotográfica normalmente são baseadas nas três cores primárias: vermelho, verde, e azul (RGB). Isto é chamado de sistema de cor aditivo porque quando as três cores são combinadas em quantidades iguais, elas formam o branco. Este sistema é usado sempre que a luz é projetada para formar cores como num monitor de PC (ou em seu olho). O primeiro uso comercialmente próspero deste sistema para capturar imagens de cor foi inventado pelos irmãos Lumiere em 1903 e se tornou conhecido como o processo Autochrome. Eles tingiram grãos de goma em vermelho, verde, e azul e os usaram para criar imagens de cor em placas de vidro.

RGB breakdown.GIF (6603 bytes) RGB usa cores aditivas. Quando todos as três estão misturados em quantias iguais elas formam o branco. Quando vermelho e verde se sobrepõe, eles formam amarelo, e assim por diante.


Cores Subtrativas

Embora a maioria das máquinas usem o sistema de cor aditiva RGB, algumas máquinas de lata resolução e todas as impressoras usam o sistema CMYK. Este sistema chamado de coloração subtrativa, usa as três cores primária Cian, Magenta e Amarelo ( em inglês CMY-Cyan, Magenta, Yellow-com o K significando o Black, preto). Quando esta três cores são combinadas em quantidades iguais, o resultado é o preto, porque todas as cores são subtraídas (preto é a ausência de cor). O sistema CMYK é muito usado na industria da impressão, mas se você pretende mostrar imagens em CMYK em sua tela, elas terão de ser convertidas para RGB e você perderá alguma fidelidade de cor nesta conversão.

cmyk.JPG (25128 bytes) Quando você combina tintas ou pigmentos cian, magenta, e amarelas ou, você cria cores subtrativas. (Esta ilustração ainda é um pouco grosseira e ficará aquele modo para eu pode entender como combinar as cores facilmente em CorelDraw ou me render e deixar para um verdadeiro artista de computador. Enquanto isso, você pode visitar o site da Olympus para ver outra ilustração da mesma coisa.).

No Final É Tudo Preto E Branco

Sensores de imagem registram só escalas de cinza de 256 tons crescentemente mais escuros, que variam de puro branco a puro negro. Basicamente, eles só capturam luminosidade.

grayscale.GIF (3467 bytes)
A escala de cinza contém uma gama de tons que vai do puro branco ao puro negro. (Veja também no site http://www.hsdesign.com/scanning/welcome.html).

Como, então os sensores capturam cores quando tudo que eles podem fazer são registros de cinzento? O truque é usar filtros vermelhos, verdes e azuis para separar os componentes vermelhos, verdes e azuis da luz refletida por um objeto. (Igualmente, os filtros em um sensor de CMYK serão ou cian, ou magenta ou amarelo.) Há vários modos para fazer isto, incluindo o seguinte:

  • Podem ser usados três sensores de imagem separados, cada um com seu próprio filtro. Deste modo cada sensor de imagem captura a imagem em uma única cor.
  • Podem ser feitas três exposições separadas mudando-se o filtro para cada uma. Deste modo, as três cores são" pintadas " sobre o sensor, uma de cada vez.
  • Podem ser colocados filtros em cima de photosites individualmente assim cada um pode capturar uma única das três cores. Deste modo, um terço da fotografia é capturado em luz vermelha, um terço em azul e um terço em verde.
bayer.JPG (60938 bytes) Cada pixel no sensor de imagem tem um filtro vermelho, verde e azul que se misturaram pelo photosite em padrões projetados para renderem imagens mais definidas e mais verdadeiras nas cores. Os padrões variam de companhia a companhia mas o mais popular é o padrão Bayer de mosaico mostrado aqui atrás do sensor de imagem. Cortesia da IBM.

De Preto e Branco a Colorido

Quando são feitas três exposições separadas por filtros diferentes, cada pixel no sensor registra cada cor na imagem e os três arquivos são fundidos para formar a imagem em cores. Porém, quando três sensores separados são usados, ou quando são colocados filtros pequenos diretamente em cima de photosites individuais no sensor, a resolução ótica do sensor será reduzida para um terço. Isto é porque cada um dos photosites disponível registra uma única das três cores. Por exemplo, em um sensor com 1.2 milhões de photosites, 400 mil têm filtros vermelhos, 400 mil têm verde, e 400 mil têm azul. Isto significa que a resolução ainda é 1.2 milhões, ou é de 400 mil? Vejamos

Cada photosite armazena sua cor capturada (como vista pelo filtro) como sendo de 8 -, 10 -, ou 12-bits de valor. Para se criar uma imagem a cores de 24 -, 30 -, ou 36-bit usa-se a interpolação. Esta forma de interpolação usa as cores de pixels vizinhos para calcular as duas cores que um photosite não registrou. Combinando estas duas cores interpoladas com a cor medida diretamente pelo photosite, a cor original de todo o pixel é calculada. (" Se eu sou uma luminosidade vermelha e o pixels verde e azul ao meu redor também são luminosos de forma que isto significa que eu realmente sou um pixel branco ".) Este processo depende muito do computador, são necessários fazer comparações com até oito pixels vizinhos para se executar este processo corretamente; também resulta em aumento de dados por imagem, assim os arquivos se põem maiores.

Image_sensor-interpolation.GIF (8688 bytes)
Aqui a cor sólida do pixel central vermelho se prepara para ser interpolada a partir das cores dos oitos pixels vizinhos.

Coloração Alternativa

Quando a interpolação é usada, lá tem que ter bastante informação em pixels circunvizinhos para contribuir na formação da cor. Isto nem sempre é o caso. Sensores de imagem de baixa resolução têm um problema chamado alternação de cor que acontece quando uma mancha de luz na cena original é só grande bastante para ser lido por um ou dois pixels. Assim os pixels circunvizinhos não contêm informação de cor precisa sobre o pixel fazendo a cor daquela mancha vir a aparecer como um ponto de cor desconectado da imagem circunvizinha. Outra forma de alternação de cor aparecem como dedos fora de cor e de lugar cercando objetos nitidamente definidos.

Canais De Cor

Cada uma das cores em uma imagem pode ser controlada independentemente e pode ser chamada de um canal de cor. Se um canal de cor de 8-bit é usado para cada cor em um pixel—vermelho, verde e azul—os três canais podem ser combinados para dar cor de 24-bit.

channels.JPG (39393 bytes) Quando uma imagem é aberta no PhotoShop aparece numa caixa de diálogo os canais vermelhos, verdes e azuis assim você pode selecionar qual o que você quer trabalhar. A imagem no topo na caixa de diálogo é a combinação

SENSORES DE ÁREA ORDENADA E LINEAR

Dê para um grupo de desenhistas de máquinas fotográficas ou de scanners uma teoria e uma caixa de componentes e você verá sair fogos de artifício. Eles explorarão toda possível combinação para ver qual trabalha melhor. O mercado determina os vencedores eventuais neste sistema de " lançar contra a parede e vê qual gruda ". No momento, os desenhistas têm dois tipos de componentes com que jogar: sensores de área ordenada ou sensores lineares.

Sensores De Área Ordenada

A maioria das máquinas fotográficas usa sensores de área ordenada, com photosites organizados em uma grade, porque eles podem cobrir a área inteira da imagem e podem capturar uma imagem inteira tudo de uma vez.

image sensor.jpg (5102 bytes) Sensores de área ordenada têm os photosites deles (pixels) organizados em uma grade. Assim eles podem capturar uma imagem inteira imediatamente. Cortesia da VISION.

Estes sensores de área ordenada podem ser incorporados em uma máquina fotográfica em uma variedade de modos:

  • Máquinas fotográficas de um chip e um disparo usam filtros de cor diferentes em cima de cada photosite para capturar todas as três cores com uma única exposição. Esta é a forma mais comum de sensor de imagem usada em máquinas fotográficas digitais amadoras.
  • Máquinas fotográficas de um chip e três disparos fazem três exposições separadas: um para cada filtro vermelho, verde e azul. Um filtro colorido diferente é colocado na frente do sensor de imagem para cada uma das cores. Estas máquinas fotográficas não podem fotografar objetos móveis em cor (embora eles podem em preto & branco) e são normalmente usadas para fotografia de estúdio.
  • Máquinas fotográficas de dois chips capturam "chromonance" usando um sensor (normalmente equipado com filtros para luz vermelha e luz azul) e "luminance" com um segundo sensor (normalmente o que captura a luz verde). Máquinas fotográficas de dois chips exigem menos interpolação para obter cores verdadeiras.
  • Máquinas fotográficas de três chips, como uma da MegaVision, usam três sensores de imagem de corpo inteiro; cada um coberto com um filtro para fazê-lo sensível ao vermelho, verde ou azul. Um divisor de luz dentro da máquina fotográfica divide imagens incidentes em três cópias; cada uma apontando a cada um dos sensores. Este desenho produz imagens de alta resolução com distribuição de cor excelente. Porém, máquinas fotográficas de três chips tendem a ser caras e volumosas.

Sensores lineares

Scanners e algumas máquinas fotográficas profissionais, usam sensores de imagem com photosites organizado em uma ou três linhas chamados de sensores de imagem lineares. Porque eles não cobrem a totalidade da área da imagem, esta deve ser esquadrinhada pelo sensor enquanto ele constrói a imagem dos pixels capturados nas linhas. Máquinas fotográficas com estes sensores só são úteis para fotografar modelos imóveis e fotografia de estúdio. Porém, estes sensores são extensamente usados em scanners.

stamp scan.jpg (77475 bytes) Quando um sensor linear esquadrinha uma imagem gradualmente uma linha de cada vez, ele constrói uma imagem inteira.
  • Sensores de imagem linear colocam um filtro colorido diferente sobre o dispositivo para fazer três exposições diferentes, cada um para capturar o azul, verde e o vermelho.
  • Sensores Tri-lineares usam 3 linhas de photosites—cada um com um filtro vermelho, verde e azul. Desde que cada um pixel tem seu próprio sensor, cada cor é capturada muito precisamente numa única exposição.

SENSORES DE IMAGEM CCD E CMOS

Até recentemente, CCDs eram os únicos sensores de imagem usados em máquinas fotográficas digitais. Eles foram bem desenvolvidos pelo uso em telescópios astronômicos, scanners e videocameras. Porém, há um desafio novo no horizonte, o CMOS, sensor de imagem que promete se tornar o sensor de imagem de escolha em um grande segmento do mercado

ccdwaffer.jpg (61797 bytes) Sensores de imagem são formados em waffers de silicone e então são cortados separadamente. Cortesia da IBM.

Sensores de Imagem CCD

Charge-Coupled Devices ou Dispositivos de Carga Acoplada (CCDs) capturam a luz em pequenos photosites em sua superfície e recebem seu nome devido ao modo como a carga elétrica é lida após a exposição. Para começar, as descargas elétricas da primeira fila são transferidas para um dispositivo de leitura. Aí o sinal é levado a um amplificador e daí para um conversor de análogo para digital. Uma vez a fila tenha sido lida, sua carga elétrica no dispositivo de leitura é apagada e todas as filas se movem de cima para baixo. A próxima fila então entra no dispositivo de leitura. As descargas em cada fila estão "acopladas" aquelas da fila de cima de modos que quando uma se move para baixo, a de cima desce para preencher o vazio. Deste modo, cada fila pode ser lida, uma de cada vez.

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O CCD leva uma linha inteira por vez para o dispositivo de leitura. Este dispositivo então desloca um pixel por vez para o amplificador de saída.

É tecnicamente possível, mas não econômico, usar o processo de fabricação do CCD para integrar outras funções da máquina fotográfica, como relógios, cronômetros lógicos e processamento de sinal, tudo no mesmo chip como os photosites. Estes normalmente são postos em chips separados assim máquinas fotográficas de CCD contêm vários chips, freqüentemente chegam a ter 8, e não menos que 3.

História

O CCD nasceu de fato por razões erradas. Nos anos sessenta haviam computadores mas a memória produzida em massa e barata que eles precisavam para operar ainda não existiam. Ao invés, haviam muitos modos estranhos e incomuns sendo explorados para armazenar dados enquanto estavam sendo manipulados. Uma processo usava o fósforo que cobre a tela de um monitor de PC e escrevia dados na tela com um feixe de luz e lia o retorno com outro feixe. Porém, na ocasião a tecnologia mais usada era a memória de bolha desenvolvida pelo Bell Labs, eles então propuseram o CCD como um modo de armazenar dados em 1969. Dois cientistas do Bell Labs, Willard Boyle e George Smith, " começaram jogando idéias para todo lado ", nas palavras de Smith, e inventaram dispositivos de carga acoplada em uma hora. " Sim, foi algo incomum--como uma lâmpada incandescente sendo acendida ". Desde então, a lâmpada incandescente iluminou longe e amplamente. Aqui estão alguns destaques:

  • Em 1974, o primeiro CCD de imagem foi produzido pela Fairchild Electronics com um formato de 100x100 pixels.
  • Em 1975, as primeiras máquinas de TELEVISÃO com CCD estavam prontas para uso em radiodifusões comerciais.
  • Em 1975, o primeiro scanner de mesa com CCD foi introduzido pela Kurzweil Computer, que usavam o primeiro chip integrado de CCD, um 500 sensor de ordenação linear da Fairchild.
  • Em 1979, um sistema CCD RCA de 320x512 esfriado com nitrogênio líquido viu pela primeira vez a luz em um telescópio de 1m no observatório Kitt Peak National. As primeiras observações com este CCD mostraram rapidamente sua superioridade comparado com chapas fotográficas.
  • Em 1982, a primeira máquina fotográfica de estado sólido foi introduzida para vídeo-laparoscopia (não pergunte o que é isto!)

Sensores de Imagem CMOS

Sensores de imagem são fabricados em waffers fundidos. Lá são cauterizados os circuitos minúsculos e dispositivos são colados sobre chips de silício. O problema maior com CCDs é que não há bastante economia de escala em sua produção. Eles são criados em fundições que usam processos especializados e caros que só podem ser usados para fazer CCDs. Enquanto isso em toda parte, mais e maiores laboratórios estão usando um processo diferente chamado Semicondutor Complementar de Óxido de Metal (CMOS), fazendo milhões de chips para processadores de computador e memória. Este é sem dúvida o processo mais comum e de retorno financeiro mais alto do mundo. Os mais recentes processadores de CMOS, como o Pentium II, contêm quase 10 milhões de elementos ativos. Usando este mesmo processo e o mesmo equipamento para o fabricar sensores de imagem CMOS os custos diminuem porque os custos fixos da produção são distribuídos em um muito maior número de dispositivos. (CMOS se refere a como um sensor é fabricado e não a uma tecnologia de sensor específica.) Como resultado desta economia de escala, o custo de fabricar uma hóstia de CMOS é um terço do custo de fabricar uma hóstia semelhante que usa o processo especial de CCD.

800dies.jpg (26111 bytes) O sensor de cor de 800 x 1000 da VISIONprovê alta resolução a mais baixo custo do que CCDs comparáveis. Cortesia de imagem da VISION.

Sensores de Pixel Passivos e Ativos

Há dois tipos básicos de sensores de imagem CMOS—passivo e ativo.

  • Sensor de pixel passivo (PPS) foram os primeiros dispositivos sensores de imagem usados nos anos sessenta. Num sensor de pixel passivo de CMOS, um photosite converte fótons em uma carga elétrica. Esta carga é levada para fora do sensor e é ampliada. Estes sensores são pequenos—só grande o bastante para os photosites e as conexões deles. O problema com estes sensores é o ruído que aparece como um padrão de fundo na imagem. Para cancelar este ruído, os sensores usam freqüentemente processo de computação adicionais.
  • Sensores de pixel ativo (APSs) reduzem o ruído associado com os sensores de pixel passivo. Circuitos em cada pixel determinam o nível de ruído e os cancelam. São estes circuitos ativos que dão o nome ao dispositivo de pixel ativo. O desempenho desta tecnologia é comparável a muitos dispositivos de carga acoplada (CCDs) e também permite uma maior ordenação da imagem e resolução mais alta.

Pixels passivos de CMOS baratos e de baixa energia estão sendo usados em máquinas fotográficas digitais feitas para amadores. Há um consenso de que enquanto estes dispositivos poderão dominar o mercado de máquina fotográficas amadoras, os sensores de pixel ativo serão dominantes em outros nichos.

Toshiba CMOS.gif (20087 bytes) A Toshiba fabrica um sensor de imagem de 1.300.000 pixels, que é um semicondutor complementar de óxido de metal (CMOS). Cortesia da Toshiba.

Fatos sobre sensores de imagem CMOS

Aqui estão algumas coisas que você deverá gostar de saber sobre sensores de imagem CMOS:

  • A qualidade de imagem dos CMOS está emparelhando com a qualidade do CCD na baixa e média resolução, só ainda deixando intocável os sensores de imagem de alta resolução.
  • Sensores de imagem CMOS podem incorporar outros circuitos no mesmo chip e podem eliminar os muitos chips separados que são requeridos por um CCD. Isto também permite somar características adicionais ao chip a um pequeno custo extra. Estas características incluem anti-jitter (estabilização de imagem) e compressão de imagem. Isto não só faz a máquina fotográfica menor, mais leve e mais barata; também requer menos energia, assim as baterias duram mais.
  • Sensores de imagem CMOS podem trocar os modos de operação entre fotografia e vídeo imediatamente. Porém, vídeo gera arquivos enormes, então inicialmente estas máquinas fotográficas terão que ser acopladas a nave mãe (o PC) quando usadas neste modo, mesmo para registrar só alguns segundos de vídeo. Porém, este modo trabalha bem para videoconferência embora as máquinas fotográficas não podem capturar os 20 quadros por segundo necessários para animação em vídeo.
  • Enquanto sensores de CMOS superam na captura de imagens ao ar livre em dias ensolarados, eles sofrem em baixas condições de luz. A sensibilidade deles à luz é diminuída porque parte de cada photosite é coberta com circuitos que filtram ruído e executam outras funções. A porcentagem de um pixel dedicada a coleta de luz é chamada de fator de armazenamento do pixel. CCDs têm uns 100% de fator de armazenamento mas máquinas fotográficas de CMOS têm muito menos. Quanto mais baixo o fator de armazenamento, menos sensível é o sensor e os tempos de exposição devem ser mais longos. Se for muito baixo o fator de armazenamento a fotografia em recinto fechado sem um flash será virtualmente impossível. Para compensar fatores de armazenamento baixos, podem ser adicionadas microlentes a cada pixel para juntar luz das porções insensíveis do pixel e " enfocá-las " no photosite. Também o circuito pode ser diminuído para não cobrir uma área grande.
    Fill_factor.GIF (8348 bytes)
    O fator de armazenamento se refere a percentagem de um photosite que é sensível a luz. Se os circuitos cobrirem 25% de cada photosite o sensor é dito como tendo um fator de armazenamento de 75%. Quanto maior o fator de armazenamento mais sensível será o sensor.
  • Sensores de CMOS têm um nível de ruído mais alto que os de CCD, assim o tempo de processamento entre imagens é mais alto, pois estes sensores usam processamento digital de sinal (DSP) para reduzir ou eliminar o ruído. O DSP é uma câmera (a Svmini), que executa 600.000.000 instruções por quadro

COMPRESSÃO

Quando você tira uma fotografia, o tamanho do arquivo da imagem é enorme comparado a muitos outros tipos de arquivos de computador. Por exemplo, uma imagem de baixa resolução de 640 x 480 tem 307.200 pixels. Se cada pixel usa 24 bits (3 bytes) para cor verdadeira, uma única imagem pode requerer mais de um megabyte de espaço para armazenamento. Com o aumento da resolução, sobe o tamanho do arquivo. A uma resolução de 1024 x 768, cada foto de 24-bit tem 2.5 megabytes. Para fazer o arquivo da imagem ficar menor e mais manejável, quase toda máquina fotográfica digital usa alguma forma de compressão. Imagens comprimidas não só permitem guardar mais imagens no dispositivo de armazenamento da máquina fotográfica, mas também lhe permite carregá-las e exibi-las mais rapidamente.

Como Funciona a Compressão

Durante a compressão, dados que são duplicados ou que não tem nenhum valor são eliminados ou são salvados em uma forma reduzida, reduzindo muito o tamanho de um arquivo. Quando a imagem é então editada ou é exibida, o processo de compressão é invertido.

Há duas formas de compressão—lossless (com pouca perda) e lossy (com perda)—e a fotografia digital usa ambos as formas.

Compressão Lossless

Compressão de Lossless (também chamada de compressão reversível) descomprime uma imagem a um estado que rivaliza com o original. Embora a compressão lossless pareça ideal, ela não traz muita compressão. Geralmente os arquivos comprimidos têm ainda um terço do tamanho original, não sendo pequenos o bastante para fazer muita diferença em certas situações. Por esta razão a compressão lossless é usada principalmente onde detalhes são extremamente importantes como em raios-x e fotos de satélites. O processo de compressão lossless mais usado é o LZW (Lempel-Ziv-Welch). Ele é usado em imagens de arquivos GIF e TIFF e alcançam níveis de compressão de 50 a 90%


Compressão Lossy

Embora seja possível comprimir imagens sem perder um pouco de qualidade, isto não é prático em muitos casos. Então, máquinas fotográficas digitais populares usam a compressão lossy. Isto degrada imagens até certo ponto e quanto mais elas estão comprimidas, maior será a degradação. Em muitas situações, como colocar imagens na Web, a degradação da imagem não é óbvia. Porém, impressões aumentadas a exibem facilmente.

Embora a compressão lossy não descomprima as imagens à mesma qualidade da fonte original, a imagem permanece lossless visualmente e parece normal. O truque é remover dados que não são óbvios ao espectador. Por exemplo, se áreas grandes do céu têm a mesma tonalidade de azul, só o valor de um pixel precisa de ser guardado junto com as localizações de onde os outros pixels idênticos aparecem na imagem. O principal esquema de compressão lossy é o JPEG (Joint Photographic Experts Group) usado em arquivos JFIF (JPEG File Interchange Format). Este esquema permite selecionar o grau de compressão. Relações de compressão entre 10:1 e 40:1 são comuns.


Porque a compressão lossy afeta a imagem, a maioria das máquinas fotográficas permite escolher entre níveis diferentes de compressão. Isto lhe permite escolher entre uma baixa compressão e qualidade de imagem mais alta ou maior compressão e qualidade mais pobre. A única razão para escolher compressão mais alta é para obter um menor tamanho de arquivo e assim poder armazenar mais imagens, enviá-los através de e-mail ou pode colocá-los na Web. A maioria das máquinas fotográficas lhe dá dois ou três escolhas equivalente a Bom (Good), Melhor (Better) e Muito Melhor (Best), possam aparecer outros nomes. (Se houvesse verdade nestas denominações elas seriam chamadas Bem Pior, Pior, e Bom.)

Fotografia Digital

Um século e meio da invenção da fotografia, e muitas inovações aconteceram, principalmente neste que ora termina. Mas nada se compara com a invenção da fotografia Digital. E que como a informática em geral, tem evoluído com velocidade .

TIPOS

De primeira geração: são as fotos obtidas com uma câmara fotográfica digital. Podemos dizer que a característica principal desta máquina é que a mesma utiliza os mesmos princípios óticos de uma câmara convencional. Mas que captura a imagem fotográfica através de um chip CCD (componente eletrônico, uma sigla de: Charge-Coupled Device ou Dispositivo com Acoplamento de Carga), que é à parte que substitui o uso do filme comum. Como as câmaras que usam filme, a digital também é encontrada em diversos tipos. Cada uma mais adequada a um determinado uso, isto devido as suas características técnicas que a tornam mais indicada a um uso simples, ou sofisticado para trabalhos de cunho profissional. Por causa disso podemos encontrá-las de preços os mais variados: desde US$100,00 a mais de US$30.000,00.

Fotografia Digital de Segunda Geração: É o tipo em que as imagens fotográficas são feitas com equipamentos, filmes, processamento e cópias no processo convencional da fotografia de base química. Só então se converte as cópias em papel ou os filmes negativos ou positivos para o processo digital (digitalização). O que é feito através de um periférico chamado Scanner, que pode ser de mão ou de mesa, que neste caso possui melhor qualidade de imagem e facilidade de manuseio.

E pode ser do tipo que escaneia imagens opacas, como as cópias em papel. Ou o que escaneia transparências, filmes positivos (slides) ou negativos. Neste processamento as imagens digitalizadas são transferidas para o computador, onde são armazenadas.

VANTAGENS E DESVANTAGENS DA FOTOGRAFIA DIGITAL

Vantagens da Fotografia Digital:
As câmaras digitais não necessitam de filmes e revelação dos mesmos, o que é uma grande economia de gastos. E também você mesmo pode fazer todo o processo fotográfico: tirar as fotos descarrega-las no computador e se necessário imprimi-las na sua impressora doméstica.

Todo este processo é muitíssimo mais rápido do que o convencional que utiliza filmes de base química. Sem contar a poluição ambiental causada pelos mesmos no seu processamento. Também é possível ver as fotos da sua câmara digital em uma tv comum, bastando para isto liga-la com um cabo na mesma. As câmeras digitais são capazes de tirar de dezenas a milhares de fotos, dependendo de sua memória.

Muitos modelos atualmente são capazes de também gravar som durante alguns segundos ou até mais de uma hora. Também podem capturar seqüências de imagens por até quase um minuto, caracterizando-se aí um pequeno "clip".E para aqueles que não gostam ou não querem utilizar o computador, já existem câmaras digitais que dispensam o seu uso e imprimem as suas fotos ligadas diretamente numa impressora.

Ou conectadas diretamente a um telefone celular enviam suas fotos via e-mail na Internet para qualquer lugar do planeta. Como se vê as potencialidades das câmaras digitais parecem não ter fim. E depois do investimento inicial de compra do computador e câmara, suas fotos terão um custo quase zero.

Desvantagens da Fotografia Digital:
São poucas as desvantagens das câmaras digitais. Sendo que a principal é sem dúvida ainda o seu custo, comparativamente com as câmaras tradicionais elas são muito mais caras, principalmente os modelos mais sofisticados para uso profissional. Você não terá gastos com filmes e revelação, mas gastará com pilhas.

E estas duram pouco nas digitais. Talvez por isto uma boa pedida seja a utilização de pilhas ou baterias recarregáveis, pois mesmo que tenham um custo maior inicialmente, podem ser recarregadas cerca de umas mil vezes em média. Se você necessita de tirar fotos em seqüência rápida, saiba que os modelos mais simples não conseguem faze-lo levando vários segundos entre uma foto e outra. Se este é a sua exigência não deixe de ver as especificações da câmara que deseja adquirir.

Saiba também que as câmaras de baixa resolução (320x240, 640x480 pixels) não permitem uma cópia impressa de boa qualidade maior do que uns 10x15cm no máximo numa impressora a jato-de-tinta. Cópias proporcionalmente maiores só com as câmaras de resolução bem mais alta.

TIPOS DE CÂMARAS DIGITAIS

Câmara Digital de Visor Direto: são o tipo mais simples e barato, pequenas e de fácil manuseio. Por ter visor direto, a imagem vista não é a mesma que esta sendo fotografada. E quanto mais perto estiver o objeto a ser fotografado maior será o erro de paralaxe, isto porque a imagem vista pela lente da câmara é diferente da observada pelo visor, uma vez que eles estão em posições diferentes em relação um ao outro. Um exemplo deste tipo de câmara é a Kodak DC25, que apesar de ter um visor de cristal líquido, este só é usado para ver as fotos depois de feitas.

Câmara Digital Reflex: tem as mesmas características de uma câmara reflex comum. Ou seja, a imagem vista pelo visor é a mesma que chega até o CCD da câmara digital. Exemplo: Kodak DCS-420, que é montada num corpo de uma Nikon N90 convencional, usa-se neste caso um back digital acoplado a mesma.

Câmara Digital c/ Visor de Cristal Líquido (LCD): neste tipo de câmara o fotógrafo vê a imagem a ser fotografada num pequeno visor de cristal líquido que mede em torno de 2,5 polegadas e esta colocado na parte traseira da máquina. Esta é a tendência atual das novas câmaras. Exemplo: Casio QV-300, Sony Mavica, Nikon Culpix.

Backs Digitais: São acoplamentos digitais feitos na parte traseira das câmaras convencionais que usam filmes. Normalmente são colocados nas câmaras de estúdio: Hasselblad, Mamiya, Sinar e outras. Mas também é usado em modelos de 35 mm, como é o caso da Nikon-N90 e a Cânon-EOS 1-N. A vantagem aí é se usar uma câmara, lentes e acessórios de alta qualidade juntamente com a tecnologia digital. Estes conjuntos podem custar até mais de US$50.000,00. Daí o seu uso ainda muito restrito.

COMO ARMAZENAR AS FOTOS DIGITAIS

Armazenagem das fotos: as imagens fotografadas na câmara digital normalmente são guardadas na memória interna que elas possuem. E que em alguns modelos esta capacidade pode ser aumentada colocando-se mais módulos de memória. Ou utilizando cartões de memória tipo PCMCIA ou Flashcards.

A capacidade de armazenar fotos varia nos modelos atuais, temos modelos que podem guardar 16 e outros podem chegar até cerca de algumas centenas de imagens ou mesmo milhares. O que depende sempre da resolução utilizada nas mesmas e da memória disponível.

Em alguns modelos de câmaras profissionais de alta resolução as fotos a medida que são feitas vão sendo enviadas para o computador, no qual estão conectadas via cabo, pois as mesmas não tem memória interna. Por isto são utilizadas para fotografias de estúdio. Existem ainda câmaras que guardam suas fotos em disquetes de 3,44 Mb comuns.

Que sem dúvida é a forma mais barata de memória existente e muito prática. Uma vez que só é preciso retirar o disquete da câmara e inseri-lo no driver do computador, sem a necessidade de cabos como fazem todas as outras máquinas digitais. Mas como as imagens fotográficas consomem muita memória, outros tipos de midia para armazenar as fotos estão a caminho de serem utilizadas: como os mini cds e dvds.

Armazenamento final das fotos: as fotos feitas nas câmaras digitais devem ser descarregas depois de esgotada a capacidade da câmara de guarda-las. Ou seja, devem ser mandadas para o computador, onde serão armazenadas e lá poderão ser editadas caso necessário.

Para isso utiliza-se programa próprio para tratamento de imagens, como exemplo o Photoshop ou Photo-Paint. Após este processo estas fotografias também poderão ser gravadas para maior segurança em um CD ROM. O foto Cd da Kodak tem vida estimada de 100 anos. Nos comuns este tempo é bem menor, estima-se em cerca de 15 anos no mínimo e este tempo também depende das condições em que será guardado.

Mas de qualquer modo os atuais cds são mais seguros e duráveis que os filmes do processo fotográfico convencional. Mas como a tecnologia digital de uso fotográfico é muito recente, só o futuro confirmará essa durabilidade acima citada.

RESOLUÇÃO:

Resolução: é a quantidade de pontos que formam a imagem e a sua distribuição no espaço por ela ocupado, normalmente medida em pixels por polegada (ppi). Quanto maior a resolução, mais informação a imagem possui.

A resolução das câmaras atuais varia de acordo com os modelos. Nas mais simples podemos ter uma resolução, por exemplo, de 320x240 pixels por polegada. Em modelos médios esses valores são de 640x480 à 1280x960pixels/pol. E nos modelos profissionais podem chegar a mais de 4096x4096 pixels/pol. Quanto maior o número de pixels, maior o tamanho da imagem e melhor a sua qualidade.

EXIBINDO AS FOTOGRAFIAS:

Exibição das fotografias: As mesmas podem ser vistas nos próprios monitores de cristal líquido dos modelos que o possuem, mas com a restrição do pequeno tamanho, como citado anteriormente. Também poderão ser exibidas no monitor do computador.

Ou impressas nas impressoras dos diversos tipos existentes atualmente tais como: jato-de-tinta, laser, sublimação-de-cera, etc ou nos plotters para os grandes formatos. Sendo que cada tipo acima produz uma qualidade diferente da outra. Por isso é importante saber escolher o tipo de saída dada aos trabalhos fotográficos, para se conseguir um resultado de acordo com o que se necessita.

EDITANDO AS FOTOGRAFIAS DIGITAIS:

Programas de Tratamento da Imagem Digital: Ou softwares, que utilizamos para fazer todos os tipos de edição da imagem fotográfica no computador. Estes aplicativos nos permitem manipular as fotografias digitais de uma maneira só possível com os mesmos.

Podemos salvar, retocar, modificar, recortar, pintar, desenhar, colar, aplicar filtros, etc, numa lista de possibilidades interminável. Já se encontram disponíveis muitos destes programas, alguns mais simples e outros para uso profissional. Como melhores podemos citar: Photoshop, Photo-Paint, Paintshop, Fauve Matisse e muitos outros.

Tipos de Arquivos de Bitmap: As imagens fotográficas quando guardadas na câmara digital, na memória do computador, em disquete ou cd rom, são chamados normalmente de arquivos de bitmap. E como tal pode ter diferentes formatos. E que citaremos os mais usados: BMP, TIF, JPG, PCX, GIF, PSD, etc. Quanto ao uso dos mesmos e a escolha de qual usar, teremos que considerar qual a finalidade que daremos a imagem digital e em que programas utilizarão a mesma. Pois determinados programas não abrem qualquer formato de arquivo. Certos formatos podem ser comprimidos, e assim diminuído o tamanho ocupado na memória utilizada, como o TIF e no caso sem perda de qualidade. Já o formato JPG que permite um alto grau de compressão, mas sempre com perdas, na razão proporcional quanto maior a compressão, maior a perda de qualidade. Mas sem dúvida é de muita utilidade, pois muitas vezes precisamos diminuir o tamanho dos arquivos fotográficos, pois os mesmos podem chegar a números altíssimos, o que pode tornar inviável o seu uso. Por isso mesmo praticamente todas as câmaras digitais utilizam o formato JPG para armazenar suas fotos, mas também utilizam algum tipo de arquivo com compressão, mas sem perda de qualidade como opção para as fotos que necessitam de melhor qualidade.

Discussão

Fotografia Digital: Fronteira Final????

Prof. Enio Leite
Focus
– Escola de Fotografia & Tecnologia Digital

As câmaras digitais já estão chegando a uma nova geração. Os novos equipamentos cabem na palma da mão, mostram imagens em sua pequena tela e ainda apresentam as possibilidades de também gravar imagens em movimento e sons. São, na realidade, um tipo de fusão entre câmara de vídeo e os anteriores modelos de digital.

Parecem estar prontas para desbancar a fotografia tal qual a conhecemos há quase um século, depois da primeira câmara Kodak, a famosa “Brownie”.

O mérito da popularização da fotografia deve-se exclusividade a um único homem, o norte americano George Eastman, cuja contribuição democratizou o uso fotografia enquanto forma de expressão.

Desde que se interessou por fotografia, Eastman desaprovou os complicados e trabalhosos processos de sua época. Até então, além de ter que fabricar sua própria câmara, o fotógrafo ainda tinha que produzir seus próprios filmes.

Utilizava uma chapa de vidro, preparada com clara de ovo, adesivo então comum, e sobre este depositava uma solução de nitrato de prata. As chapas deveriam ser expostas e processadas ainda úmidas, para não perder sua sensibilidade.

Quando, numa publicação inglesa, tomou conhecimento da utilização das “chapas secas”, passou a pesquisar novos meios que simplificassem a tarefa de fotografar. Descobriu na técnica da gelatina e brometo de prata, qualidades necessárias para não só para melhorar o resultado das imagens, mas também para a sua industrialização.

Entretanto, para tornar esta técnica economicamente acessível, era indispensável encontrar um filme mais leve, de menor custo e flexível, ou seja, o filme em rolo. Assim a popularização se completou quando finalmente, em junho de 1888, lançou a “Brownie”, a primeira câmara portátil.

A tarefa era muito simples: o interessado adquiria por US$ 1 uma “Kodak” já carregada com filme para 100 fotos e seguia as recomendações da propaganda: “Você aperta o botão, nós fazemos o resto...”.

Destronar uma tecnologia tão aperfeiçoada não é tarefa fácil. Os fabricantes das digitais reconheciam que o maior desafio seria o de conseguir uma resolução eletrônica comparável a dos grãos químicos dos filmes populares. Hoje garantem que os últimos modelos, lançados agora no Brasil, já atingiram essa perfeição ao apresentar definições iguais ou superior a de 3,3 megapixels.

A tecnologia digital oferece também outras comodidades inexistentes nas versões que utilizam filmes químicos, como por exemplo: o resultado pode ser aferido imediatamente e, se insatisfatório, pode, também imediatamente, ser re-fotografado; o resultado pode ser ajustado, corrigido e retocado eletronicamente; pode ser ampliado no mesmo instante; permite que seja editado e enviado por telefone, ou Internet.

Aos olhos do leigo, estas inovações confundem a própria concepção da imagem, o que se dá quando se perguntam, “Será que foi originariamente produzida por meios tradicionais ou por câmaras digitais de alta tecnologia?”.

Muitos acreditam que a imagem fotoquímica já está aparentemente “morta” e aplicam tudo nas digitais. Outros, na dúvida, investem discretamente nesta nova vertente fotográfica. A evolução da história da fotografia deu novos e largos passos e o processo para essa evolução, faz a história se repetir.

No século XIX, por exemplo, o teatro era a única forma de entretenimento popular. Na primeira década do século XX, com o advento do cinema, o teatro passou por profundas transformações, quando começou a atender as elites, abordando novas temáticas - mais polêmicas - voltadas para a essência humana, liberando para o cinema o espaço da comédia, da diversão e das amenidades da época.

Em meados da década de 50, a televisão, cujos programas eram todos ao vivo, se transformou ao adaptar-se a nova tecnologia do videotape, que possibilitava agora, uma programação previamente gravada e retocada sem o até então inseparável conhecimento do público. A indagação da época foi se essa nova técnica, iria de fato, substituir o cinema.

O próprio advento da televisão fez com que o fotojornalismo procurasse novas formas de linguagem, para não se tornar uma espécie de “segunda via fatal...”.

A tecnologia digital, como vem se apresentando até agora, não constitui uma ameaça à fotografia tradicional e, muito pelo contrário, representa ferramenta, um recurso adicional, tanto técnico quanto estético para o próprio fotógrafo.

A fotografia tradicional é composta de várias técnicas e procedimentos próprios. Assim como, fotografar em preto e branco, com negativo colorido, ou fotografar em cromo exigem conhecimentos e discursos estéticos diferenciados e outros procedimentos próprios, as câmaras digitais exigirão seus próprios conhecimentos.

O equipamento digital, a princípio, é muito semelhante às câmeras de vídeo. Antes de fotografar, temos que ajustar o “balanceamento de cor” em função da fonte luminosa utilizada. Por exemplo, se fotografarmos com luz incandescente e não efetuarmos o devido ajuste, as imagens se tornarão extremamente amareladas, com luz diurna, azulada e assim por diante.

Dessa forma, devemos aprender como operar esse novo instrumento, da mesma forma que a própria fotografia tradicional apresenta suas técnicas distintas.

A tecnologia digital tem aberto novos horizontes, ampliando recursos que até então dependiam de trabalho artesanal tal como: restauração de imagens, reprodução, montagens e fusão. Possibilita impressão em tecidos, aplicação em madeiras, paredes, porcelanas e outras, até então dependentes de imperfeitos processos alternativos, cujos custos sempre foram proibitivos.

Esta tecnologia vem ocupando cada vez mais o espaço da fotografia Instantânea. É também utilizada para substituir os dispendiosos processos diretos, cópias e ampliações fotoquímicas, a partir de cromos ou mesmo de negativos “imperfeitos”.

Hoje qualquer amador pode entrar em uma loja de fotografia munido apenas da cópia em papel, sem seu respectivo negativo, reproduzi-la e corrigi-la digitalmente em poucos minutos, obtendo novas cópias também em papel fotográfico.

Tem contribuído para a otimização de Bancos de Imagens e para uma reavaliação da estética e do discurso fotográfico.

Rompendo a barreira da realidade virtual, podemos conferir em tempo real, nas redações ou nos sites das agências de notícias, informações visuais de todos os cantos do mundo por um custo quase zero. Ou criar imagens surreais na mesma velocidade.

A imagem digital veio para ficar. Não para substituir o que já foi conquistado, mas para facilitar a vida do fotógrafo, agregando novos valores. Portanto, é mais uma técnica, um recurso de linguagem que devemos aprender e usufruir em todos os seus aspectos.

A despeito de toda esta tecnologia, podemos prenunciar que a “fronteira final fotográfica” ainda não foi atingida e a boa fotografia, independente da mídia utilizada, ainda demanda luz, sensibilidade e intelecto criativo do fotógrafo.




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Dicas para uma boa foto


Deixe a timidez de lado. Pegue a câmera guardada no fundo da gaveta e prepare-se para fazer grandes fotos. Aqui você aprenderá a fotografar o seu assunto predileto, usar o flash e selecionar o filme apropriado.

Vamos! Pegue sua câmera e aprenda a "congelar" um ginasta em pleno ar, a mostrar a família e os amigos agindo de maneira espontânea e natural, e volte de férias com aquelas fotos que seus amigos realmente gostariam de ver e apreciar.

Segure a câmera com firmeza
Uma mão sem firmeza apertando o botão disparador da câmera produzirá uma foto tremida. Segure firmemente a câmera com as duas mãos. Mantenha os braços junto ao corpo para dar maior firmeza. Aperte suavemente o botão disparador. As fotos sairão nítidas.

Aproxime-se do assunto
Quando em dúvida, aproxime-se do assunto que você vai fotografar (atenção para a distância mínima recomendada no manual da sua câmera). Aproximar-se do assunto é, provavelmente, o passo mais importante para se obter boas fotos. Tente fazer com que a sua foto diga: "este é o meu assunto". Preencha um terço ou mais da área da foto com o assunto que você escolheu para fotografar.

Escolha um fundo neutro e simples
Olhe através do visor de sua câmera e examine o cenário de fundo antes de pressionar o botão disparador. Movimente-se até eliminar tudo aquilo que possa desviar a atenção do assunto de sua foto. Experimente escolher como fundo o céu, a água ou a grama.

Mantenha as pessoas entretidas
Fotografe pessoas entretidas em seus ambientes naturais. Mostre uma criança brincando com sua bicicleta, ou um adulto esculpindo um objeto, etc. Converse com elas para mantê-las à vontade. Pergunte o que estão fazendo. Agindo assim, você fará com que elas fiquem relaxadas em atitudes espontâneas e sem fazer pose.

Componha um cenário
Estude a cena de sua foto. Coloque o assunto principal afastado do centro da fotografia. Ao fazer fotos de paisagens, acrescente algumas linhas acentuadas como uma estrada, cerca ou curso de um rio que direcionem a atenção para o assunto principal da foto.

Observe a luz
A iluminação tem uma influência decisiva em sua foto. Estude a luz antes de tirar a fotografia, como os tons dourados de um amanhecer ou pôr-do-sol. Verifique como a direção da luz afeta o assunto: luz frontal (o sol atrás de quem está fotografando), para obter fotos brilhantes e nítidas; iluminação por trás (o sol por trás do assunto), para criar silhueta; iluminação lateral (o sol iluminando um dos lados do assunto) para mostrar a textura do assunto.

Escolha um ângulo diferente
Movimente-se até encontrar o ângulo para tirar a foto. O simples fato de você se curvar, esticar ou abaixar pode melhorar bastante suas fotos. Comece com a escolha de ângulos diferentes. Ajoelhe-se ou deite-se no chão para mostrar flores no primeiro plano. Ou, então, fotografe do alto (da janela do segundo andar de um prédio, por exemplo) para mostrar os desenhos de uma calçada.

Congele a ação
O movimento está em toda parte, um "skatista" fazendo piruetas no ar e se apoiando em uma das mãos, ou uma gaivota sobrevoando e mergulhando no mar. Para câmeras com velocidades do obturador ajustáveis, use um filme de alta sensibilidade, como o KODAK ISO 400, e a velocidade ajustada para 1/500 ou 1/1000 de segundo a fim de "paralisar a ação". Pressione o botão disparador um pouquinho antes do ponto culminante do movimento.

Capture sentimentos
Por que fotografamos alguma coisa? Geralmente porque nos interessa fotografar tudo aquilo que faz as pessoas se sentirem felizes ou até mesmo tristes. Ao fazer uma foto, tente captar seu próprio sentimento.

Faça experiências
Regras, regras, sempre regras. Ao fotografar, tenha sempre em mente que você está sob o controle de uma série delas. Desobedecer as regras, contudo, pode levar a uma foto bastante original. Aquela que faz você dizer em alto e bom som: "esta é minha foto preferida".

MACROFOTOGRAFIA


Técnica de realizar fotografias de tamanho maior que o natural, com as objetivas especiais ou com objetiva normal equipada com acessórios.

4.1. Escala de Reprodução (E.R) ou Proporção da Imagem
Relaciona o tamanho real do objeto sobre a película do filme, ou seja a escala de reprodução da macrofotografia.
Quando a imagem registrada no filme mostra o objeto em menor dimensão que na realidade, a relação de reprodução é indicada por 1:X. Quando ela é maior, é indicada por X:1 (com X um número maior que 1). A macrofotografia tem a escala de reprodução menor que 1:7, ou seja, um centímetro na fotografia equivalente a sete centímetros no real.
Na fotografia cujo interesse é mais estético que documental, a escala de reprodução não tem praticamente importância , já nas aplicações científicas ou técnicas, é útil e às vezes indispensável conhecer tal escala para que o observador possa deduzir o tamanho real do objeto fotografado. Esta escala deve ser informada na legenda da fotografia.
Por exemplo, se o objeto tem 10mm de altura e na película do filme ele também tem 10mm de altura, a proporção da imagem é de 1:1. Se esta imagem tem 5mm de altura no filme a sua proporção é de 1:2. Se esta imagem tiver 20mm de altura no filme a proporção será de 2:1.

Padronização da Imagem
Na fotografia científica, é de fundamental importância que as fotos estejam na mesma escala de reprodução, evitando assim diferença de cor, de tamanho e proporcionando imagens fidedignas para quem está acompanhando as fotos numa aula ou para quem está acompanhando um painel.
Esta padronização deverá ser da abertura do diafragma do tipo e sensibilidade do filme e do enquadramento.

4.2. Equipamento para Macrofotografia

Objetivas Macro
Existem objetivas macro originais (Canon, Nikon, Pentax) e fabricantes de objetivas para os diversos corpos de câmera (Vivitar, Sigma, Tamron, Tokina...).
São projetadas para se ter o máximo de focalização em toda a foto, pois utilizando acessórios para macrofotografia temos grandes perdas nas bordas do quadro. As objetivas Macro possuem um cilindro helicoidal, podendo focalizar de infinito até em escala de 1:1 (um centímetro do filme eqüivale a um centímetro do real).
São desvantagens das Objetivas Macro possuem custo elevado e pequena luminosidade, pois, geralmente tem abertura máxima na ordem de f 4.

a) Objetivas normais macro:
Praticamente não existem modelos de pequena distância focal, há contudo, vários modelos na faixa de 50/60 mm, a maioria permite focalização até de 15 cm de distância. Ex.: TAKUMAR 50 mm, NIKKOR 55 mm.

b) Teleobjetiva macro:
A maior parte dos modelos disponíveis situa-se na faixa de 105 mm, apesar disso, pode-se encontrar equipamentos com distancia focal em torno de 200/300 mm. Ex.: MEDICAL NIKOR 120 mm (com vantagem de ter um flash circular para macrofotografia embutida na própria objetiva), macro de 105 mm VIVITAR de 100mm (com a desvantagem de não dar escala de reprodução 1:1), PENTAX 100mm, SIGMA, 100mm, TOKINA 100mm, TAMRON 90mm, CANON auto focus de 100mm...
A grande vantagem é que fotografamos a distância maiores do objeto, comparando com as objetivas de 50mm.
c) Objetivas Zoom Macro:
São de dois tipos básicos. O primeiro só oferece focalização para closes a uma certa distância focal. O segundo pode ser regulado para proporcionar essa focalização em qualquer distância focal - dando ao fotógrafo oportunidade de fotografar a diferentes distancias do motivo. Ex.: ZOOM MACRO VIVITAR 70 - 210 mm, ZOOM MACRO 35 - 105 mm TAKUMAR.

Distorção da Imagem
O efeito muito comum na fotografia macro é o alargamento da imagem quando utilizam uma objetiva macro de pequena distância focal (ex.: 50mm) pois teremos que aproximar muito do objeto a ser fotografado.

4.3. Acessórios para Macrofotografia:
4.3.1. Lentes de Aproximação
Funcionam como uma lente de aumento comum, sendo atarraxada na objetiva, são chamadas também de "Filtros Close-up". Têm como vantagens o de seu uso não envolver modificações na exposição das fotos; são baratas e fáceis de usar. E como desvantagens não permitem ER alta; provocam perda de nitidez e distorção da imagem, exigem diafragma fechado pela sua esfericidade.
As lentes de aproximação aumentam a imagem quanto ao seu número de dioptrias (medida de convergência de uma lente); as mais usadas têm 1,2 ou 3 dioptrias. Podem ser montadas em conjunto na frente da objetiva; por exemplo, lentes de 2 e 3 dioptrias produzem juntas 5 dioptrias. Deve-se tomar o cuidado de colocar sempre a lente de maior dioptria em primeiro lugar.
A profundidade de campo com as lentes de aproximação fica bem intensa com o diafragma mais fechado possível.
É indispensável sempre o uso do tripé e um disparador manual na macrofotografia.

Como usar as Lentes de Aproximação:
Ø faça sempre com que o motivo preencha todo o quadro: não há nada pior do que uma imagem em close de um objeto perdido no meio de um espaço inútil;
Ø os melhores motivos são os de forma simples e clara, dos quais a câmera possa revelar detalhes insuspeitos;
Ø use a iluminação mais intensa que conseguir, assegurando-se de que todas as regiões importantes do motivo estão bem nítidas; esqueça-se do fundo ou do primeiro plano, pois aparecerão sem foco;
Ø mantenha a câmera paralela ao plano principal do motivo. Nesse caso, o exemplo típico é uma borboleta; você obterá o melhor resultado fotografando-a de modo que o plano de suas asas fique paralelo ao plano do filme. Ao fotografar animais, focalize nos olhos ou na cabeça, como se tratasse de uma pessoa;
Ø o vento pode se transformar num problema. Com uma objetiva normal não se costuma perceber
que as flores balançam com a brisa; já com uma lente de aproximação o fato se torna
imediatamente evidente. Por isso, talvez você seja obrigado a proteger a área fotografada com um anteparo, para cortar o vento;
Ø outra forma seria utilizar filmes mais sensíveis (ex.: ASA 800) para utilizar velocidades de
obturação rápida (ex.: 1/1000s), congelando o movimento;
Ø da mesma forma como acontece com o uso de teleobjetivas, os equipamentos para close são muito suscetíveis a vibrações: caso não se empregue um tripé ou outro suporte, isso se refletirá em fotos tremidas. O uso de flash eletrônico circular, mesmo quando há boa iluminação natural, ajuda a minimizar este perigo;
Ø examine bem seus motivos à procura de imperfeições ou pequenas sujeiras: elas seriam
registradas detalhadamente na imagem aumentada.

4.3.2. Tubos (anéis de extensão)
São tubos, sem lentes, que aumentam a distância entre a objetiva e o filme. São colocados entre a objetiva e a câmera. Os tubos de extensão são vantajosos pois possuem peso reduzido, não exigem lentes (não provocando distorção óptica), mas dificultam a operação de troca, e para se conseguir tamanho exato de imagem, interferem na fotometria.
Costumam ser vendidos em jogos de três unidades que podem ser usadas em diversas combinações. Há tubos manuais e automáticos: no primeiro caso, não há conexão entre a câmera e o mecanismo de fechamento do diafragma da objetiva; no último, este continua a funcionar normalmente.
4.3.3. Fole
Aparelho com 2 suportes ligados por uma "Sanfona" que correm em trilho. Em um se encaixa a objetiva e no outro o corpo da máquina. Têm como vantagens: escala de ampliaçãom contínua devido ao afastamento dos dois suportes e como desvantagens: maior peso, maior dificuldade de instalação, e interferem na fotometria.
4.3.4. Tele-Extensor ou Tele Conversor
É um acessório que tem uma lente especial, sendo acoplada entre a objetiva e o corpo da câmera, os tele conversores são de 1,4x, 2x e 3x, que indicam o aumento da distância focal da objetiva.
A desvantagem é a perda de luz, um tele conversor 1,4x perde 1 ponto de luz, 1 de 3x perde 3 pontos de luz, sendo então necessário abrir 1 ou 2 pontos do diafragma após a fotometria.
O tele conversor 2x pode também duplicar uma objetiva zoom de 70/210mm para 140/420mm, ou seja aumenta a distância focal com a vantagem de ser mais barato que uma tele objetiva.
4.3.5. Anel Inversor
Inverte a objetiva, a parte anterior da objetiva é acoplada na câmera com o uso deste anel, possibilitando fotos a curta distância.

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Filmes
Em macrofotografia, como se busca a reprodução dos detalhes, os melhores filmes a serem utilizados são aqueles com baixa sensibilidade e granulação muito fina, permitindo assim uma reprodução dos detalhes sem perda de informação na fotografia. São preferidos ainda filmes reversíveis, os cromos (slides), que possuem uma granulação mais fina ainda em comparação aos negativos.
No mercado nacional encontramos diversos filmes para este uso, sendo que pessoalmente aprecio muito o Fuji Provia 100F, que é extremamente fino e possui uma boa sensibilidade, proporcionando uma ótima reprodução de detalhes. Só não esqueça que os filmes reversíveis necessitam de uma revelação diferente dos filmes negativos, então será necessário leva-lo a um laboratório que faça esse tipo de revelação.
Câmera fotográfica, lentes e acessórios
O tipo de câmera fotográfica mais utilizado em macrofotografia é a câmera 35 mm reflex. Este tipo de câmera permite que você veja através do visor exatamente o que aparecerá na fotografia, facilitando seu trabalho.
Existem objetivas específicas para macrofotografia, as lentes macro, que permitem grandes ampliações e possuem uma excelente qualidade ótica. O maior inconveniente dessas lentes é preço, sempre elevado.
Para sanar este problema já que não são todos que podem adquirir uma lente macro existem alguns acessórios que permitem um maior ampliação com o uso de lentes normais. O acessório mais popular de todos é o filtro Close-up, que como o próprio nome diz, permite que você chegue mais perto do assunto a ser fotografado, proporcionando assim uma maior ampliação.
Os filtros close-up, que possuem sua potência indicada por dioptrias, sendo os mais comuns os +1, +2, +3 e +4, são rosqueados diretamente na frente da objetiva, sendo portanto encontrados em diferentes tamanhos e individualmente ou em kits. Quanto maior o valor de dioptria mais próximo você poderá estar focalizando. Você pode ainda utilizar mais que um filtro ao mesmo tempo, sendo que sua potência final será a soma dos filtros utilizados. A vantagem desse acessório é o custo, muito menor que uma lente macro e não há perda de luminosidade. Como desvantagem esta sua qualidade ótica, principalmente nas bordas da foto, sendo necessário ara minimizar este problema o uso de pequenas aberturas de diafragmas. Existe ainda filtros close-up com mais de um elemento ótico, permitindo assim uma melhor qualidade ótica, ma você irá pagar por essa diferença.
Outros acessórios utilizados em macrofotografia, menos conhecido do público, são os tubos de extensão ou foles. Os tubos de extensão são tubos de tamanho fixo que são colocados entre a lente e o corpo da câmera, permitindo assim uma maior ampliação do objeto a ser fotografado. Os foles são semelhantes, com a diferença de poder move-lo para frente ou para trás, mudando assim seu tamanho. Como vantagem está a qualidade ótica. Como eles não possuem nenhuma lente, não haverá perda de qualidade por esse motivo. Como desvantagem estão os preços, principalmente se sua máquina for eletrônica e a perda de luminosidade, sendo muitas vezes estritamente necessário o uso de velocidades baixas ou a iluminação com uma fonte externa, como um flash.
Ainda mais desconhecidos do público são os anéis de inversão, que permitem que uma lente seja fixada à câmera fotográfica do lado contrário, com seu elemento frontal junto ao corpo da máquina e seu fundo para frente. Este recurso é muito apreciado por permitir uma boa qualidade ótica das reproduções. Outro recurso é ainda colocar uma lente invertida em frente a uma lente colocada na própria máquina fotográfica. Apesar de raros, existem adaptadores para tal função. Como vantagem esta a boa qualidade ótica, como desvantagem, em muitos casos ocorre vinhetagem na fotografia, sendo então necessário o uso conjunto de tubos de extensão.
Outros acessórios muito utilizados em macrofotografia, apesar de não serem os responsáveis pela ampliação em si são os flashes. Um flash é uma fonte de luz que irá iluminar um objeto em casos de pouca luz. A vantagem do flash é permitir o uso de menores aberturas de diafragma, proporcionando uma maior profundidade de campo, bem critica em macrofotografia. Outra vantagem é que permitir o uso de velocidades mais altas, o que é necessário no caso de objetos em movimento ou se a câmera estiver sendo utilizada na mão.
Existem vários tipos de flashes, os mais recomendados são os que possuem leitura TTL, ou seja, medem diretamente a iluminação fornecida pela própria lente, não sendo necessária nenhuma preocupação com compensação na hora a fotografia. Existem ainda flashes específicos para macrofotografia, como o ring-flash. Este modelo de flash é circular e colocado na frente da objetiva, com ele você terá uma iluminação vindo de todos os lados, eliminando sombras muitas vezes indesejáveis. Como desvantagem esta o chapamento da imagem. Como as sombras serão eliminadas, o volume da imagem também será prejudicado. Na maioria dos casos, um flash simples com um cabo disparador é suficiente. Posiciona-se o flash em uma posição superior e paralela a lente, permitindo assim uma iluminação sem muitas sombras por baixo e sem perder a textura e volume da imagem. Pode-se facilmente montar um bracket para esse uso, fazendo com que o flash fique posicionado no local certo sem ter que se preocupar em segura-lo, facilitando o movimento da câmera.
Muitas vezes também se torna necessário o uso de um tripé, fazendo com que a câmera fique mais firme e a fotografia não saia tremida. Em conjunto ao tripé é sempre bom utilizar um cabo disparador, evitando assim que a câmera trema ao ser acionado o seu botão disparador. Outro acessório útil nesta circunstância é um trilho, também dificilmente encontrado no Brasil. O trilho permite que a câmera seja movimentada para frente e para trás em pequenos movimentos, permitindo assim um controle melhor do foco.
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Fotografando em campo
Não adianta ficarmos apenas discutindo a parte técnica e teórica da macrofotografia, é interessante sabermos na prática o que irá funcionar e nos proporcionar belas imagens quando sairmos em campo, ou seja, na hora de realmente fotografarmos.
A primeira consideração a ser levada em macrofotografia antes de começar a fotografar é o custo. Não adianta pensarmos em começar com uma lente macro, dois flashes, 15 rolos de cromos etc e tal se não tivermos a condição para tal. Então a primeira coisa a fazer é pensar o que você tem e o que é possível com o seu equipamento.
Uma outra característica normalmente muito limitante é o peso do conjunto. Nos casos de se fotografar em um parque na cidade, onde o equipamento será levado de carro, esse fator não é muito importante. Entretanto, no caso de uma viagem longa, de vários dias e com quilômetros de caminhada com mochila e equipamentos nas costas, esse fator começa a ser preocupante. Pense sempre o que você deseja fotografar e mais que tudo, estude antecipadamente o local. Não adianta você se preparar para fotografar flores, organizar e separar o melhor equipamento para o tal e chegar no local e... não haver flores! Conhecer o lugar muitas vezes é tão importante quanto o fato de organizar e separar o equipamento.
Com a preocupação de que equipamento levar resolvida, chega a hora de realmente fotografar. Em macrofotografia existem alguns pontos que são mais críticos, sendo eles:
- profundidade de campo
Quanto maior for a ampliação, menor será a profundidade de campo. Devido a isso você terá de usar pequenas aberturas de diafragma, o que tornará necessário o uso de velocidades baixas de disparo (lembre-se que os melhores filmes são os pouco sensíveis!).
- foco
O foco em macrofotografia é muito crítico e, aliado à profundidade de campo limitada, torna-se necessário um grande cuidado na hora de focalizar. Como primeira dica, se sua máquina possui autofocus, desligue-o! Devido ao foco muito limitado, qualquer movimentação fará o sistema de focagem automática de sua máquina ficar maluco, indo para frente e para trás sem achar um ponto ideal, portanto comece desligando-o! Outra sugestão é, ao invés de se preocupar em ajustar o foco através do anel de foco, mantenha-o fixo e movimente a câmera para frente e para trás. Apesar de estranho, este modo de focalizar é muito mais simples e fácil. Olhando pelo visor e movimentando levemente a câmera, quando o assunto estiver em foco é só disparar. Um acessório que ajuda e muito nessa circunstância é o trilho, que permite pequenos movimentos para frente e para trás mantendo a câmera fixa em um tripé.
- iluminação
Devido ao problema da profundidade de campo limitada, sendo necessário o uso de pequenas aberturas de diafragma, será necessário também o uso de uma velocidade baixa de disparo, o que pode ser resolvido com o auxílio de um bom tripé e um cabo disparador. No caso de se fotografar algo em movimento, isso não será possível, sendo então necessário o uso de uma fonte externa de luz, como um flash. Pode-se usar um ring-flash ou um flash simples. Com um flash simples recomendo o uso de um cabo disparador e o posicionamento do mesmo de modo que o assunto seja completamente iluminado, evitando a formação de muitas sombras, o que ocorre se o mesmo for deixado em sua posição padrão, sobre a câmera. Para facilitar o trabalho com o flash pode-se comprar ou fazer em casa um bracket. Desse modo faz-se um prévio posicionamento do flash, deixando para o momento da foto apenas a preocupação com o enquadramento e foco.
- Círculo de medo
No caso de se fotografar plantas, rochas ou qualquer objeto estático isso não é uma preocupação. Entretanto, no caso de fotografia de insetos, isso deve ser sempre levado em conta. O círculo de medo é referente ao quão próximo um inseto deixa que você se aproxime dele. Alguns insetos como formigas, besouros, lagartas, grilos etc. não parecem se incomodar muito com a aproximação de um fotógrafo. Já outros insetos, como as moscas, borboletas, mariposas, libélulas etc. possuem um maior receio conosco, fotógrafos. Para se fotografar esses insetos é necessário o uso de uma teleobjetiva, permitindo a fotografia a uma maior distância e uma boa dose de sorte, relacionada com o humor do inseto.

Considerações finais

Estando pronto e preparado para uma saída macrofotográfica com câmeras, lentes, filtros, tubos, filmes, flashes, tripés, cabos e tudo mais que você possa precisar, "perca" alguns dos minutos antes de sair programando detalhadamente o seu roteiro, inclusive verificando a previsão do tempo para o local onde você deseja fotografar.
Uma surpresa boa em macrofotografia é achar uma bela flor sem nenhum defeito em suas pétalas, um inseto diferente, colorido e calmo, texturas diferentes e não dar de cara com uma forte chuva no caminho ou um tempo frio de congelar os ossos. Além disso, os insetos não costumam gostar muito de frio, quando desejar fotografa-los prefira os dias quentes e úmidos e, por esse mesmo motivo, cuidado redobrado com o equipamento, que teme muito a umidade.
Outra sugestão que muitas vezes é esquecida e responsável por uma saída fotográfica se tornar uma saída frustrada é a vestimenta. Sempre que for fotografar em meio à natureza procure não estar destoante com suas cores, evitando estar com uma calça vermelha, uma camiseta amarela e boné verde limão. Cores claras como o branco também não são recomendadas porque além de chamarem muito a atenção em meio à natureza, sujam muito (chegará um dia em que você terá de ajoelhar na lama para conseguir aquela foto, lembre-se de mim nesse momento!). Prefira sempre roupas em tons verde e beges e sempre compridas. Um colete fotográfico é outra dica útil, deixando tudo com um acesso mais facilitado para você.
Lembre-se também que enquanto você estiver à procura de insetos para fotografar eles estarão à sua procura para se alimentar. Um bom repelente irá muitas vezes literalmente salvar sua pele.
Para fotos de flores ou outros assuntos estáticos não é necessária tanta preocupação, mas sempre programe o que você deseja fazer e estude a época da floração para não se decepcionar encontrando apenas flores murchas.
Como última e final consideração, respeite sempre a natureza nunca removendo flores, matando animais ou devastando a vegetação. Leve para casa apenas as lembranças e se você tiver sorte, muitos rolos de filme...
Técnicas e acessórios
A maioria das câmeras digitais compactas são capazes de capturar imagens em macro por simples aproximação da câmera. Em algumas, simplesmente fixa-se o zoom no limite máximo e seleciona-se o modo macro no menu de modos de cena.
Já as câmeras dSLR herdaram das câmeras 35 mm diversos acessórios específicos para macrofotografia como objetivas macro, foles e tubos de extensão, lentes close-up, anéis de inversão, etc.
Cada um deles com suas vantagens e desvantagens:
As objetivas macro são objetivas projetadas para focalizar a distâncias curtas e fixas, em escala natural, algumas provocando algum aumento no tamanho natural.
Os foles de extensão aproveitam a objetiva normal da câmera SLR proporcionando um aumento maior que as objetivas macro, até cerca de 8X.
Os anéis de inversão (ou de reversão) são dispositivos de origem artesanal que permitem montar a objetiva SLR invertida para obter ganhos significativos no campo focal.
Lentes close-up aumentam o tamanho dos objetos em duas, quatro ou mais vezes e focam a distâncias fixas do objeto.
Os flashes circulares (em inglês, ring flash), são ideais (quando não são absolutamente necessários) para iluminamento em macrofotografia, iluminam suavemente e não provocam sombras pronunciadas.
Tripés asseguram nitidez nas imagens, evitando tremores de câmera.

Objetiva macro
(Vivitar 90mm)

Tubos de extensão para câmeras SLR

Fole acoplado a uma SLR com objetiva invertida
A macrofotografia, sendo detalhista, deve procurar privilegiar:
baixa sensibilidade do filme ou sensor;
pequenas aberturas de diafragma;
altas velocidades de obturação;
planos chapados de topo, lateral ou frontal.
Exemplos de macrofotografias
Fotos obtidas por câmeras compactas

Tirada com Olympus FE-170/X-760

Tirada com Canon PowerShot SD600

Tirada com Canon PowerShot A550
Fotos obtidas por câmeras SLR

Tirada com Canon 20D + objetiva macro Sigma 150 mm f:2.8.

Tirada com Canon EOS 10D + lente close-up, abertura f:16, velocidade: 1/200 s, sensibilidade: ISO 100.

Tirada com Nikon D80 + objetiva macro Sigma 150 mm f:2.8, abertura f:6.7, velocidade: 2/3 s, sensibilidade: ISO 200.
Distância focal

A distância focal é, junto com a abertura do diafragma, uma das mais importantes características de uma objetiva. É a partir dela que o usuário (como fotógrafo ou profissionais que utilizem um microscópio óptico) define, por exemplo, a maior ou menor aproximação de uma imagem, ou ainda escolhe o campo de visão que deseja trabalhar.
A distância focal de uma objetiva é determinada a partir dos pontos nodais até dos focais, ou seja, é a distância, em milímetros, entre o ponto de convergência da luz até o ponto onde a imagem focalizada será projetada.
Todas as objetivas recebem classificações como grande angular, normal e tele objetiva, e quase todas elas podem ser do tipo macro (que permite uma focalização de objetos mais próximos) ou não.
Objetiva Normal


Projeto da construção de uma objetiva de 50 mm.
De maneira geral, considera-se assim uma objetiva que possua uma distância focal praticamente igual a diagonal da imagem projetada, sendo ela uma imagem quadrada.
Estas objetivas são formadas em sua grande maioria, por cinco ou seis elementos, e a abertura máxima do diafragma, em geral, são as maiores, variando entre 1,0 e 2,0.
Na fotografia, uma objetiva normal para o formato 35mm é a 50mm. O campo de visão desta objetiva é da ordem de 50°.
São chamadas assim também por possuírem características muito próximas de alcance da visão do ser humano.
Objetiva Grande-Angular

Projeto da construção de uma objetiva grande angular
São objetivas que apresentam distâncias focais menores que a diagonal da imagem projetada, tendo, portanto, um grande campo de visão. Este campo pode ser desde a ordem de 180°, como em objetivas "olho de peixe", como 60°.
Seu uso, em geral, fica limitado a fotografia e vídeo.

Projeto da construção de uma objetiva de 10 mm com retrofoco.
Há casos, como na objetiva "olho de peixe", em que a construção da objetiva é diferenciada. É aplicado um conceito de retrofoco, pois a distância da última lente até a superfície do filme ou suporte fotográfico (CCD ou CMOS) é menor que a distância focal. Com este projeto de retrofoco, uma lente divergente é colocado antes do conjunto principal, e após a primeira lente (que é convergente). Assim, o ponto nodal é "alterado" de posição, e assim permite se que câmeras fotográficas do tipo reflex funcionem sem que o espelho tenha que ser removido.
Uma característica marcante é a tendência de causar distorções dos planos, sensação de prolongamento, onde objetos ou pessoas que estejam mais próximos a elas apareçam maiores do que aquilo que estiver mais distante. E outra característica é que a focalização é muito mais fácil, pois possui um grande ângulo de visão. Também possui naturalmente uma profundidade de campo muito maior, comparado com a mesma abertura do diafragma utilizado em outros tipos de objetivas.
Objetiva Teleobjetiva, ou de foco longo

Projeto da construção de uma objetiva de 135 mm.

Área de visualização de diferentes objetivas, em comparação a normal 50 mm.
Estas objetivas são sistemas ópticos cujas distâncias focais são maiores que as das objetivas normais.
O número de lentes é menor e a distância entre os primeiros elementos e o plano do filme é praticamente igual a distância focal da lente.
A característica mais marcante no uso destas objetivas é a produção de imagens ampliadas e um aparente "achatamento" nos planos da imagem. Isto porque elas são produzidas para observar ou fotografar objetos numa distância mais elevada, e assim as distâncias relativas entre os objetos se tornam menores. Justamente por buscar imagens de objetos mais distantes, a focalização é mais crítica e difícil de ser feita, exigindo muita atenção de quem a utiliza. E também tem menor profundidade de campo se comparado com a mesma abertura do diafragma de outros tipos de objetivas.
Com estas objetivas, é mais adequado a utilização do recurso de macro fotografia, pois assim pode se manter uma distância um pouco mais elevada do objeto e ainda sim conseguir focalizar algo que tenham um tamanho reduzido. Uma utilização muito comum é feita por cirurgiões dentistas, assim como por biólogos que pretendem catalogar amostras recolhidas, pois estas lentes também permitem fotografar numa proporção de 1:1.
Objetivas Zoom ou de foco variável

Projeto da construção de uma objetiva zoom 55 - 135 mm.
Em razão da praticidade, estas objetivas possuem características de variadas distâncias focais, porém não necessariamente de diferentes tipos, como grande-angular, normal e tele objetiva.
As objetivas zoom também são divididas em famílias, em função das distâncias focais, que podem abranger de 28 a 50mm, de 35 a 70 mm, de 50 a 135 mm, de 80 a 200 mm, sendo que algumas destas objetivas apresentam o recurso de macro.
O início de sua produção se deu no ano de 1959, e no início os resultados obtidos eram muito pouco satisfatórios, o que lhe rendeu impopularidade por parte dos fotógrafos. Hoje são muito populares e com a reputação de oferecer boas imagens, sendo utilizadas em larga escala por câmeras de pequeno formato. Representam uma opção de ótima qualidade óptica e de custo financeiro ao fotógrafo, além da praticidade que oferecem.

Filme fotográfico


Rolo de filme fotográfico de 35mm a preto-e-branco por revelar.
Filme fotográfico ou película fotográfica, (por vezes abreviado por filme ou película), utilizado em fotografia, é constituído por uma base plástica, geralmente triacetato de celulose, flexível e transparente, sobre a qual é depositada uma emulsão fotográfica. Esta é formada por uma fina camada de gelatina que contém cristais de sais de prata sensíveis à luz que chega a ela através da lente da câmera.
Os sais de prata, quimicamente chamados de haletos ou halogenetos de prata, podem ser mais ou menos sensíveis à luz. Então, há filmes que exigem maior quantidade de luz para registrar as imagens. Outros permitem o captação com menos luz. A essa propriedade dá-se o nome de sensibilidade.
Exposição
Exposição é a quantidade de luz que atinge o filme. Depende da abertura do diafragma e do tempo de abertura do obturador. Número de exposições é a quantidade de imagens que é possível registrar com o filme. Existem no mercado filmes para 12, 24 ou 36 exposições.
Cor
Os filmes em cores negativos são destinados a elaboração de ampliações coloridas em papel.
Os diapositivos (cromos ou slides) são filmes positivos coloridos para transparências (projeções) e serviços gráficos. Há poucos filmes que podem gerar um positivo preto e branco.
Os filmes a preto-e-branco negativos produzem películas negativas para cópias fotográficas monocromáticas.
Sensibilidade
A sensibilidade dos filmes é indicada normalmente por números ISO do International Organization for Standardization, que é uma fusão dos sistemas ASA (American Standards Association, americano) e DIN (Deutsches Institut für Normung, alemão). Como exemplo, um filme ISO 100/21° é um filme com ASA 100 e DIN 21°. Existe ainda um outro sistema da antiga União Soviética, denominado GOST, não sendo mais utilizado hoje em dia.
O sistema ISO de classificação da sensibilidade do filme é aritmético: por exemplo, um filme de ISO 400 é duas vezes mais "rápido" do que um de ISO 200, exigindo metade da exposição. Por outro lado, tem metade da velocidade de um filme de ISO 800, necessitando do dobro da exposição deste. No entanto, quanto maior o número ISO (maior a sensibilidade), maior é o grão, resultando numa imagem com pouca resolução.
A sensibilidade dos filmes mais comuns são: ISO 32, 50, 64, 100, 125, 160, 200, 400, 800, 1600 e 3200.
Filmes de baixa sensibilidade: ISO 32 a ISO 64. São ideais para o trabalho com muita luz (dias ensolarados, sol forte e flashes de alta potência). Em condições favoráveis, esses filmes produzem resultados de grão excepcionalmente fino, o que proporciona boa definição nos detalhes e bom contraste, mesmo em grandes ampliações. São indicados para fotografar retratos, paisagens e temas ligados à natureza.
Filmes de média sensibilidade: ISO 100 a 400, são os mais populares para os objetivos gerais a que se propõe a emulsão em preto e branco. São filmes de granulação fina e ainda permitem trabalhos em condições de luz um pouco mais variadas. Indicados para dias ensolarados (ISO 100) ou nublados (ISO 200) e flashes de baixa potência (embutido na câmera).
Filmes de alta sensibilidade: ISO 800 a ISO 3200. Os filmes desta categoria apresentam um aspecto nitidamente granulado quando são ampliados. São ideais para trabalhos com pouca luz, como ambientes externos a noite, museus, teatros e casas de espetáculos em geral sem necessidade de uso de flash ou quando se necessita de alta velocidade para "congelar" o movimento (fotos de ação). Os filmes de ISO acima de 800 geralmente destinam-se a serviços profissionais, pois permitem alterações desses índices em condições extremas.
Código DX é um código impresso na bobina do filme que indicam sua sensibilidade ISO. Este veio facilitar e ajudar o fotógrafo, principalmente o amador, no uso correto do filme para as várias codições de luminosidade. As câmeras atuais possuem leitor de código DX, para ajuste automático de acordo com a sensibilidade do filme utilizado. Nas câmeras profissionais sua ação pode ser cancelada, permitindo ao fotógrafo a escolha do ISO de acordo com a necessidade ou condição de trabalho.
Formatos
São variados os formatos de filme existentes no mercado. Cada formato tem a sua aplicação específica sendo necessária uma câmera apropriada para cada formato de filme. Existem diversos formatos de filme pelo motivo de que se alterarmos o tamanho do filme alteramos também a qualidade da imagem final (quanto maior o suporte original) maior definição terá a fotografia ou o vídeo final, permitindo assim maior plasticidade a artistas, maior versatilidade a amadores e maior exatidão para aplicações técnicas.
Atualmente, no meio fotográfico, designa-se por "pequeno formato" todos os tamanhos de filmes inferiores ao de 120, como "médio formato" os tamanhos de 120 e 127 e como "grande formato" todos os tamanhos iguais ou superiores a 4x5 polegadas, estes, normalmente dispostos em chapas.
Os formatos de filmes mais comuns, em fotografia e cinema são:
Pequeno formato
16mm – Formato usado quase em exclusivo nas câmeras Minox (câmeras de pequenas dimensões, conhecidas como cameras de espião). Neste formato o filme vem contido num chassis blindado com duas bobines no interior. Numa destas bobines está o pedaço de filme por expor, avançando o mesmo para a bobine seguinte após ser exposto à luz. Este formato por ser tão pequeno, ainda hoje é usado como filme cinematográfico.
110 e 126 - Para as câmaras simples de uso amador. Nos tamanhos 110 (retangular) e 126 (quadrado), são fáceis de colocar e retirar. Teve sua época áurea nos anos 70, sendo responsável pela popularização da fotografia, mas hoje encontra-se em decadência, decorrente da fragilidade das suas câmeras e pelos resultados inferiores que apresentam, não permitindo grandes ampliações.
Médio formato
120 e 220 - Formato em que o filme é enrolado num único pino de plástico juntamente com um papel de protecção a todo o seu comprimento. Destina-se a fazer fotogramas de 60x45mm, 60x60mm, 60x70mm e 60x90mm normalmente podendo variar consoante o modelo de câmera usado. O filme de 120 permite fazer 12 fotogramas de 60x60mm, o formato de 220 tem o dobro de filme, permitindo ao fotógrafo fazer 24 exposições de 60x60mm.
É mais utilizado por profissionais. Costuma ser utilizado nas fotos em estúdio, propaganda e eventos sociais. O número de poses é determinado pela câmera, sendo mais comuns os formatos 6x6 (12 poses) e 4,5x6 (15 poses).
124 e 127 - Ao longo da história da fotografia existiram diversos formatos desenvolvidos por alguns fabricantes, os quais foram abandonados por estes não se terem tornado norma padrão, são exemplo disso o formato de 124 e o de 127 perfurado, os quais eram semelhantes aos formatos 120 e 220 variando apenas a sua altura (o 124 com 43mm de altura e o 127 com 73mm de altura e com perfuração apenas num dos lados da película).
135 (conhecido como 35mm) - É o formato mais usado por profissionais e amadores, no qual o filme vem enrolado dentro de uma bobina metálica ou plástica que o protege da luz. Este filme tem perfurações laterais as quais se destinam, em alguma câmeras, a facilitar o avançar e rebobinar do filme. O filme tem o nome de 35mm pois esta é a medida de largura do filme.
Originalmente destinava-se ao cinema, tendo sido adaptado ao uso fotográfico por volta de 1920. Normalmente produzem-se neste formato fotogramas de 24x36mm, podendo em algumas câmeras produzir formatos de 24x72mm, dando origem a fotografias panorâmicas. É o formato com mais opções de sensibilidade ISO e é a categoria de filme que mais recebe inovações tecnológicas pelos fabricantes. Sendo o mais utilizado, seja por amadores ou profissionais, devido à sua versatilidade e disponibilidade tanto para fotos coloridas em papel ou slides, e em preto-e-branco.
grande formato
grande formato – normalmente usadas em estúdio, existindo em diversos tamanhos (4x5 pol, 8x10 pol, 11x24 pol). Tem a sua aplicação em trabalhos onde é necessária a máxima qualidade, ou em que não é possível proceder-se a ampliação do negativo, por esta propiciar a diminuição da qualidade final da fotografia. Produzem fotografias de alta resolução e extremamente precisas. Normalmente demandam cuidados especiais na conservação e manuseio, sendo utilizados por profissionais de áreas como a arquitetura e publicitária.
Fabricantes
Entre os fabricantes mundiais de filmes, encontram-se a Agfa-Gevaert, a Fujifilm, a Ilford, a Imation, a Kodak e a Polaroid.
Cuidados básicos
Os filmes fotográficos requerem cuidados especiais, tais como evitar o calor excessivo, armazenagem em locais secos, ventilados e livres de poeiras. É também aconselhável revelar o filme o mais cedo possível após este ter sido exposto, pois com o tempo vai-se degradando, podendo sofrer alterações na cor. Por essa mesma razão, os filmes têm prazo de validade. Também deve-se tomar cuidado, durante viagens em aviões, pedir inspeções manuais dos rolos de filme, pois se passados pelos aparelhos de raio-x podem ser danificados. Normalmente os filmes de alta sensibilidade (ISI 800 ou superior) são mais suscetíveis a danos.
Tipos de filme fotográfico
Filme negativo - quando revelado, suas cores tornam-se invertidas (o branco, por exemplo, se torna preto). Os fotogramas contidos nesse filme podem ser ampliados diretamente. São encontrados filmes negativos coloridos e preto-e-branco. A maioria dos filmes em Cores são revelados no processo C-41, da Kodak. Já os filmes em Preto e Branco, possuem uma vasta gama de agentes reveladores, sendo o D-76, da Kodak, um dos mais conhecidos. O negativo possui uma latitude de aproximadamente +-2 pontos no Valor de Exposição (ou EV). Suas cores são mais neutras, sendo assim mais utilizado para fotografia de eventos. No caso dos filmes Preto e Branco, é possível alterar o contraste tanto no momento em que a fotografia é realizada, com o uso de filtros para esta finalidade, como no momento de se fazer a cópia, e também na escolha do agente revelador.
Filme reversível - também chamado de transparência, deve ser visualizado em projetores e visores específicos. Para ampliar fotogramas positivos, é necessário um meio intermediário, como um scanner. Os filmes reversíveis são geralmente utilizados na fotografia de paisagens, publicidade, jornalismo por possuir cores mais saturadas e melhor definição de contraste. A maioria é revelada no processo E-6, da Kodak, ou K-14 (Kodachrome). O slide possui latitude de aproximadamente +-0,5 ponto no Valor de Exposição, o que significa que ele tem menor tolerância a erros de exposição.


LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.


O QUE É DIREITO AUTORAL?

Capítulo III

Dos Direitos Patrimoniais do Autor e de sua Duração

Art. 44. O prazo de proteção aos direitos patrimoniais sobre obras audiovisuais e fotográficas será de setenta anos, a contar de 1° de janeiro do ano subseqüente ao de sua divulgação.
Art. 45. Além das obras em relação às quais decorreu o prazo de proteção aos direitos patrimoniais, pertencem ao domínio público:
I - as de autores falecidos que não tenham deixado sucessores;
II - as de autor desconhecido, ressalvada a proteção legal aos conhecimentos étnicos e tradicionais.

Capítulo IV

Da Utilização da Obra Fotográfica

Art. 79. O autor de obra fotográfica tem direito a reproduzi-la e colocá-la à venda, observadas as restrições à exposição, reprodução e venda de retratos, e sem prejuízo dos direitos de autor sobre a obra fotografada, se de artes plásticas protegidas.
§ 1º A fotografia, quando utilizada por terceiros, indicará de forma legível o nome do seu autor.
§ 2º É vedada a reprodução de obra fotográfica que não esteja em absoluta consonância com o original, salvo prévia autorização do autor.

Banco de Imagens
Um banco de imagens é um conjunto de imagens selecionadas, divididas ou não em categorias especificas que servem como material de pesquisa e referencia para publicações em jornais, revistas ou na internet. Os bancos de imagens são administrados por empresas especializadas neste ramos que vendem uma ou mais imagens para empresas de publicidade e marketing, editoras, etc, com custos variáveis.
Por isso, é muito importante que, antes de “pegar” uma imagem, seja ela de jornal ou internet, saibamos a quem pertence, e se a mesma está protegida pela lei de direitos autorais.
Neste caso, o uso indevido pode gerar para a pessoa infratora desagradáveis processos, que poderão variar conforme o custo da imagem violada.
Por isso, muito cuidado para não cometer infrações!!! Na rede, pesquisando, podemos encontrar bancos de imagens gratuitos mediante cadastro prévio. Muitos sítios enviam gratuitamente pacotes de imagens parta seus assinantes, por isso pesquise.


Tipos de câmera

Câmera de visor direto
São as câmeras mais simples, nelas o fotografo observa a cena através de um visor separado das lentes da câmera. Geralmente possuem poucos recursos. São as mais simples e mais baratas. Podem utilizar filmes 110, 120, 126, 135.
Câmeras mono-reflex
É o tipo mais utilizado por profissionais. Nela o fotográfo observa a cena através das próprias lentes da câmara. O que ele estiver vendo é o que será fotografado. Usam filme 135 (35mm) e podem oferecer muitos recursos.
Câmera SLR de rolo
Utiliza por muitos fotográfos profissionais, este tipo de câmera proporciona um negativo com 6 x 6cm. O tamanho maior do negativo oferece uma melhor qualidade de imagem do que as de 35mm. São muitos caras.
Câmeras de estúdio
Utiliza filmes em chapas e produz imagens de alta qualidade. Seus negativos podem chegar a ter mais de 10cm por 12cm. São caras.
Câmeras instantâneas
São câmeras que reproduzem as fotos na hora. Neste tipo de câmera não existe negativo. Geralmente oferecem poucos recursos e fotos com baixa qualidade.
Câmeras reflex de objetiva dupla
É um tipo de câmera com dois conjuntos idênticos de objetiva, um serve para a visualização e o outro é por onde passará a luz para o filme.
Recursos de uma máquina fotográfica mono-reflex
Abertura do diafragma
Este ajuste permite variar a abertura do diafragma da câmera. Esta variação influência na quantidade de luz que incide sobre o filme. A abertura também deve ser levada em consideração em relação a profundidade de campo. Por profundidade de campo se entende a área de sua fotografia que irá ficar em foco. Com uma abertura pequena teremos uma grande parte da foto em foco, desde o primeiro plano até o infinito praticamente. Com uma grande abertura teremos apenas o objeto focalizado em foco.
A escala de abertura, que fica no corpo da objetiva, é semelhante a seguinte:
f1.4, f2, f4, f5.6, f8, f11, f16, f22
e quanto menor o número maior a abertura.
A maior abertura de uma objetiva representa a luminosidade da mesma. Uma objetiva com luminosidade igual a 2 tem a máxima abertura igual a f2.
Na escala f cada número corresponde ao dobro de intensidade luminosa do número anterior e a metade do posterior. Exemplo:
f5.6 permite a passagem do dobro de luz que f8 e metade de f4.
Lembramos que quando menor o número f maior a abertura e maior a quantidade de luz.
Velocidade do obturador
Este ajuste define quanto tempo o obturador ficará aberto permitindo a incidência de luz sobre o filme. Esta velocidade deve ser levada em consideração quanto tiramos fotos de objetos em movimento. Se a velocidade for baixa estes objetos ficarão borrados na fotografia. Também é importante lembrar que quanto menor esta velocidade maior firmeza se faz necessária na hora da foto.
Esta escala, que fica num botão do lado direito da máquina, é semelhante a seguinte:
B, 1, 2, 4, 8, 15, 30, 60, 125, 250, 500, 1000, 2000
E quanto maior o número menor o tempo de exposição.
Na posição B o obturador ficará aberto enquanto o botão de disparo ficar pressionado. Está posição é usado para fotos que precisam de muito tempo de exposição, fotos astronômicas, por exemplo.
Alguns obturadores possuem, ainda, a posição T. Nesta posição o obturador se abrirá quando o botão disparador for pressionado e fechará quando pressionarmos novamente o obturador.
Os valores da escala do obturador são relativos a um (1) segundo. Na velocidade um teremos 1/1, na velocidade 2 teremos 1/2, na velocidade 125 teremos 1/125, e assim podemos perceber que quanto maior a velocidade escolhida menor será o resultado da divisão pelo tempo de um segundo e menor será a quantidade de luz a incidir sobre o filme.
Quando usamos flash devemos usar uma velocidade que fique sincronizada com ele, geralmente esta velocidade é a de 60 ou 125 (1/60 ou 1/125 respectivamente).
Cada número nesta escala permite a incidência do dobro de luz do posterior e a metade do anterior.
Estes dois ajustes, velocidade e abertura, devem ser usados em conjunto de acordo com a foto que iremos registrar. Por exemplo:
Para tirarmos uma fotografia de um carro em movimento devemos utilizar uma velocidade alta e uma grande abertura. Com a velocidade alta "congelaremos" o carro e com abertura grande conseguiremos a luz necessária para impressionar corretamente o filme.
Previsão de Profundidade de Campo.
Por profundidade de campo entendemos a quantidade de planos que ficarão em foco. Uma foto com pouca profundidade de campo mostrará apenas o objeto focalizado de uma forma nítida, o resto, os planos anteriores e posteriores ficarão fora de foco. Uma foto com muita profundidade de campo apresentará desde os objetos mais próximos da câmara até o infinito em foco.
A profundidade de campo varia de acordo com a abertura da máquina, quanto menor a abertura maior a profundidade de campo.
Em algumas máquinas fotográficas, ao apertamos ligeiramente o botão do disparador, o diafragma se fechará de acordo com a abertura selecionada. Quando isto acontecer poderemos observar tudo o que ficará em foco, podendo assim ter uma idéia do resultado da foto. O único inconveniente é que, quando usamos aberturas muito pequenas a visualização ficará díficil devido a pequena quantidade de luz que entrará através do diafragma.
A profundidade de campo também irá variar de acordo com a objetiva para uma mesma abertura.
Foco
Em câmaras mono-reflex o ajuste de foco é feito através do giro de um anel presente na objetiva. Este anel deve ser ajustado até que no despolido, onde observamos a imagem, ela fique mais nítida possível.
Existem despolidos que apresentam um círculo com uma divisão no meio.
A sua função é a seguinte:
Quando observamos uma imagem através deste círculo e ela não está em foco cada metade desta imagem ficará alinhada em um plano diferente, só após fazermos o ajuste de foco é que as duas partes estarão alinhadas no mesmo plano.
Por exemplo, ao se observar um tronco de uma árvore veríamos uma metade do tronco numa posição e a outra metade em outra e isto nos indicaria que caso a foto fosse batida a árvore ficaria fora de foco. Para que a árvore ficasse em foco deveríamos ajustar o foco até que as duas metades da árvore ficassem alinhadas. O único inconeniente é que este sistema prede muita precisão quando utilizamos teleobjetivas ou grande-angulares.
Ajuste da sensibilidade do filme
Este ajuste deve ser feito de acordo com o filme que você está usando.
Isto é necessário para que o fotômetro da câmara funcione corretamente.
A escala de ajuste geralmente é indicado sob duas formas diferentes, a DIN e a ISO. A escala mais conhecida é a ISO e nela os filmes tem a sua sensibilidade indicada por um número acrescido da palavra ASA. ASA 100 por exemplo. Exemplo desta escala:
25, 100, 200, 400, 1000, 1600.
Quanto maior o número maior a sensibilidade do filme.
Filmes mais sensíveis, geralmente chamados de rápidos, não oferecem uma definição muito boa devido ao tamanho dos grãos sensíveis a luz. Filmes menos sensíveis, geralmente chamados de filmes lentos, permitem uma grande definição da imagem.
Existem também os filmes médios que tem um bom compromisso entre sensibilidade e granulação.
Filmes rápidos permitirão fotos em locais com pouca luz mas com pouca definição.
Filmes lentos permitirão fotos com excelente definição mais precisam de muita luz e ou longas exposições.
Filmes médios são os mais indicados para a maioria dos casos.
Tabela de sensibilidade de filmes
Tipo de filme: Colorido
ASA

lento - 25
lento - 32
médio - 64
médio - 100
médio - 125
rápido - 200
rápido - 400


Tipo de filme: Branco e Preto
ASA

lento - 64
lento - 80
médio - 100
rápido - 200
rápido - 400

Existem filmes ultra-rápidos como asa 800 ou asa 1600, mas estes filmes tem uso muito específico.
Indicação de plano do filme
Esta indicação mostra onde está, exatamente, o filme dentro da máquina. É útil quando se faz necessário saber, com exatidão, a distância entre o filme e o objeto fotografado (fotos muito próximas).
Uma marca, em forma de circulo com um traço no centro, no corpo da máquina indica a posição ou plano do filme.
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Fotômetro
O fotômetro é parte integrante de uma máquina mono-reflex e serve para o ajuste da máquina de acordo com a iluminação presente. Ao observar a cena com a máquina perceberemos a sua indicação, geralmente, no lado direito do visor.
Existem diversos tipos de fotômetro, alguns apresentam três indicações luminosas (3 leds) uma com o + outra com - e a outra com "o". Quando a indicação + esta acesa é porque está entrando luz demais, se a indicação - estiver acesa temos pouca luz e se "o" estiver acesa podemos fotografar.
Para conseguirmos a posição correta no fotômetro devemos ajustar a abertura ou a velocidade. Outras máquinas tem no lugar dos leds uma indicação analógica através de um ponteiro sobre uma escala. O Ajuste da máquina deve ser feito a partir da leitura do ponteiro.
Objetivas
São as lentes por onde passará a luz que incidirá sobre o filme.
Câmeras que usam filme de 35mm (mono-reflex por exemplo) geralmente são acompanhadas de uma objetiva de 50mm. Esta objetiva tem a abrangência visual semelhante ao olho humano e por isso é chamada de normal.
O ajuste de abertura (escala f) sempre fica na objetiva. Também na objetiva há uma indicação para previsão de profundidade de campo, está indicação muda de acordo com a abertura.
A lente objetiva demanda de certos cuidados:
- não toque com os dedos na lente.
- guarde as objetivas em lugar fresco e seco.
- sempre use um filtro UV ou Skylight para proteção de suas lentes.
Teleobjetivas
São objetivas capazes de visualizar uma área menor do que o olho humano. Desta forma são capazes de aproximar a imagem.
Ao se fotografar com uma teleobjetiva é necessário certos cuidados:
- segure a máquina pela teleobjetiva, caso contrário o seu peso poderá danificar o encaixe no corpo da máquina.
- atenção ao fotogafar, o peso da tele pode causar fotos tremidas. Para evitar isto nunca use velocidades menores que a distância focal da tele. Por exemplos:
tele de 135mm -- velocidade mínima = 1/250.
tele de 100mm -- velocidade mínima = 1/125.
- lembre-se que a profundidade de campo se reduz drasticamente com o uso de teleobjetivas (maior a tele menor a profundidade).
Grande-angulares
São lentes com um campo de cobertura visual maior do que as lentes normais (que para uma máquina específica corresponde ao campo visual do olho humano).
Câmeras que usam filmes de 35mm tem como lente normal objetivas de 50mm. Para estas câmeras serão grande-angulares lentes com distância focal menor do que 50mm. Como exemplo podemos citar lentes de 35mm ou de 17mm.
Objetos próximos de uma grande-angular apresentarão proporções enormes em uma foto enquanto que o fundo parecerá distante e os objetos ficarão pequenos.
Consegue-se grande profundidade de campo com grande-angulares.
Filtros UV e Skylight
Estes dois tipos de filtro absorvem a radiação ultravioleta permitindo assim imagens mais nítidas, principalmente de paisagens onde exista névoa. É aconselhavel usar sempre um filtro deste tipo para proteger a objetiva.
Filtros de densidade neutra
Servem apenas para diminuir a quantidade de luz que incide sobre o filme permitindo assim fotos com filmes de alta sensibilidade em locais muito claros ou fotos com grandes aberturas e pouca profundidade de campo.
Filtros polarizadores
Permitem a eliminação de reflexos e o escurecimento do azul do céu. Este efeito de escurecimento do céu é mais notado quando a luz solar incide num plano perpendicular ao plano da foto (horas próximas ao meio-dia). É necessário girar, uma parte móvel do filtro, sobre a objetiva para se perceber sua atuação.
Flash
Todo flash deve ser sincronizado com a máquina fotográfica, geralmente a velocidade de sincronização vem indicada (1/60 ou 1/125 normalmente) no corpo da máquina. No flash existe uma escala que permite ajustar a abertura da máquina para a distância que se está do objeto fotografado. Esta distância pode ser medida através da escala de focalização no corpo da objetiva.
Lembre-se sempre que o flash demora um certo tempo até se carregar totalmente, quando mais usadas as baterias mais tempo ele levará. Desta forma é inconveniente se fazer disparos muito rápidos um após o outro pois algumas fotos poderão ficar escuras.
Ao utilizar uma lente diferente da normal confira se a mesma não diminue a intensidade luminosa.
Toda a potência do seu flash só será conseguida após o terceiro ou quarto disparo.
Cuidado com os reflexos causados por paredes ou outras superfícies planas.
Lembre-se que roupas claras refletem mais luz que roupas escuras.
Geralmente a tabela de abertura da objetiva dada pelo seu flash é dada em relação a uma iluminação ambiente relativamente boa. Lembre-se disto ao bater fotos em locais muito escuros. Use aberturas maiores que as indicadas para este tipo de fotos.
Ao bater fotos com perspectiva de profundidade com um único flash acontecerá o seguinte:
ou o primeiro plano ficará bom e o fundo escuro ou o fundo ficará bom e o primeiro plano muito claro. Evite este tipo de foto.
Sempre que possível trabalhe com uma abertura fixa e mova-se ou mantenha-se na distância ideal. É mais fácil, principalmente se for necessário se bater uma seqüência de fotos.
Para fotos com uma iluminação mais suave aponte o flash para o teto ou para uma parede, mas lembre-se:
calcule a distância levando em conta a reflexão e cuidado, pois a cor destas superfícies poderá alterar as cores reais dos objetos fotografados.
Sempre que possível separe o flash da câmera, você eliminará reflexos nos olhos e terá uma melhor perspectiva por causa da sombra.
Lentes de aproximação
São lentes que permitem a focalização de objetos muito próximos a câmera, desta forma conseguimos ter a imagem destes objetos ampliadas como se estivessemos usando uma lente de aumento.
As lentes de aproximação podem ser rosqueadas na objetiva e tem o seu aumento especificado por um número impresso em seu corpo, este número indica a dioptria da lente. Quanto maior o número maior o aumento. Pode-se trabalhar com várias lentes deste tipo em conjunto mais é aconselhavél que a de maior dioptria fique sempre mais próxima a objetiva.
Com este tipo de equipamento consegue-se fotos detalhadas de pequenos objetos, plantas ou insetos.